Empresários esperam do Governo “prenda no sapatinho” para 2012

Foto
O líder da CIP quer medidas concretas para a "escassez de crédito" às empresas PÚBLICO/arquivo

"O ano de 2012 vai ser complicado senão houver financiamento para as empresas e seguros de crédito com garantias do Estado”, disse à agência Lusa o líder da CIP.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

"O ano de 2012 vai ser complicado senão houver financiamento para as empresas e seguros de crédito com garantias do Estado”, disse à agência Lusa o líder da CIP.

Segundo António Saraiva, na reunião informal do Conselho de Ministros deveriam ser aprovadas “medidas concretas” que promovessem a resolução do problema do financiamento à economia, pois “há escassez de crédito”.

Outro dos problemas que tem de ser resolvido e que a CIP gostaria que fosse abordado na reunião de domingo tem a ver com o cumprimento dos prazos de pagamento do Estado às empresas.

“Estes não são respeitados, estão a matar as tesourarias [das empresas], pelo que defendemos o pagamento pontual”, sublinhou.

António Saraiva defendeu ainda que o Estado tem de “fazer qualquer coisa” e reduzir o stock da dívida às empresas

Além disso, a CIP espera que o Governo coloque “uma prenda no sapatinho ao entrar em 2012”, daí que aguarde esperançada que o Conselho de Ministros, entre outros aspectos, aposte em políticas activas de emprego, olhe para a reabilitação urbana e agilize os despejos.

Os seguros com garantia de crédito à exportação são uma das prioridades que a CIP quer ver debatidas na reunião informal do Conselho de Ministros, uma vez que “condiciona” a entrada das empresas nos mercados externos.

“Gostaríamos de entrar em 2012 com uma melhoria das expectativas, apesar do quadro, que é recessivo e desigual, ao nível da economia global”, sublinhou.

O presidente da CIP referiu ainda à agência Lusa que gostaria que o Governo tivesse, a nível da Europa, “um papel mais activo” para que “esta desenhasse, por si própria, factores de crescimento”, a fim de Portugal poder sair do “colete de forças” em que está metido.

“É importante, nesta altura, que o Governo promova políticas de crescimento para economia portuguesa”, concluiu.