A festa do “leão” na cabeça de Onyewu e nas mãos de Patrício

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Onyewu marcou o único golo do jogo DR

A fé dos adeptos leoninos, no entanto, foi recompensada. É que nem a crise, nem a derrota com o Benfica, nem a noite chuvosa, nem sequer o facto de o jogo se realizar quase à mesma hora que o clássico Real Madrid-Barcelona... Nada afastou de Alvalade os adeptos do Sporting, que compareceram em massa ao jogo.

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A fé dos adeptos leoninos, no entanto, foi recompensada. É que nem a crise, nem a derrota com o Benfica, nem a noite chuvosa, nem sequer o facto de o jogo se realizar quase à mesma hora que o clássico Real Madrid-Barcelona... Nada afastou de Alvalade os adeptos do Sporting, que compareceram em massa ao jogo.

Foram mais de 40 mil os espectadores a encher o estádio, na melhor lotação do recinto na presente temporada em jogos oficiais. E os adeptos esperavam que o Sporting utilizasse uma das suas armas desta época: a entrada de leão. Só que Pedro Caixinha conhece bem Alvalade. Já foi adjunto de José Peseiro e neste ano até já visitou o estádio pela União de Leiria (perdeu 3-1).

O técnico dos madeirenses ofereceu do mesmo “veneno” ao Sporting. E assim, foi o Nacional a controlar os primeiros minutos de jogo, pressionando o adversário e impedindo-o de atacar. Os “leões” demoraram 17 minutos a livrar-se do colete de forças e até podiam ter marcado na primeira oportunidade, não fosse o habitualmente eficaz Wolfswinkel ter cabeceado à figura de Marcelo Valverde.

Num jogo em que Domingos lançou o jovem André Martins no lugar de Schaars e Carrillo na vez de Bojinov, foi de bola parada que a equipa leonina chegou à vantagem. Martins apontou o livre e Onyewu marcou de cabeça (22’): o norte-americano usou o seu 1,91m de altura e antecipou-se a Marcelo Valverde. A hesitação do guarda-redes tornou maior a pequena diferença de estatura entre os dois (apenas seis centímetros).

Com Elias e André Martins a assumirem a batuta do jogo ofensivo do Sporting, quase sempre a explorar a velocidade de Capel, a equipa da casa podia ter ampliado a vantagem antes do intervalo, mas faltou sempre algo: pontaria no remate ou acerto no último passe. O Nacional passava mais tempo a defender, mas de vez em quando usava a boa qualidade técnica dos seus médios para esboçar contra-ataques. E, num deles, quase por acaso, Mihelic acertou na trave (42’), quando um cruzamento se transformou em remate à baliza.

Após o intervalo, o Nacional nunca deixou o Sporting estar completamente tranquilo e ia mesmo marcando, não fosse a má pontaria de Rondón, que atirou ao lado (57’).

Domingos, que é um treinador inteligente, sentiu o perigo e reforçou o meio-campo com André Santos e Pereirinha. Mas o Nacional não abrandou. Caixinha meteu mais gente na frente e quase ia sendo premiado. Valeu ao Sporting Rui Patrício, a parar um cabeceamento de Rondón (77’). Logo a seguir, a resistência dos madeirenses ficou muito afectada com o segundo amarelo a Stojanovic.

O Sporting evitou, assim, que Alvalade voltasse a ser uma casa de horrores e, pela primeira vez neste campeonato, soma tantos pontos em casa como fora (13).

Positivo

Capel


É o grande desequilibrador deste Sporting, sobretudo pela rapidez. O melhor em campo.


OnyewuMarcou o golo decisivo de bola parada, um tipo de jogada em que o Sporting era vítima e agora é predador.

Rui PatrícioUm guarda-redes que valeu pontos.

Negativo

Marcelo e Stojanovic


O guarda-redes é mal batido no golo, o lateral viu o vermelho quando a sua equipa estava por cima.


CarrilloMuita velocidade, pouca clarividência e muitas asneiras de novato. Foi bem substituído.

Ficha do jogo

Sporting, 1



Nacional, 0


Jogo no Estádio de Alvalade, em Lisboa. 
Assistência:
40.405 espectadores

Sporting:

Rui Patrício; João Pereira, Onyewu, Polga, Insúa; Carriço, André Martins (André Santos, 67’), Elias; Carillo (Pereirinha, 58’), Capel (Arias, 85’) e Wolfswinkel. Treinador Domingos Paciência

Nacional:

Marcelo; Claudemir, Felipe Lopes, Neto, Stojanovic; Todorovic, Diego Barcellos, Candeias (Edgar Costa, 58’), Mihelic; Rondón (João Aurélio, 80’) e Mateus. Treinador Pedro Caixinha

Árbitro:

Vasco Santos, do Porto.

Amarelos:

Stojanovic (24’ e 77’), Diego Barcellos (37’), André Martins (66’), Mateus (89’), Wolfswinkel (89’), João Pereira (89’) Vermelho Stojanovic (77’)

Golo:

1-0, por Onyewu, aos 22’.