Moody´s não acredita que as comunidades autónomas espanholas cumpram a meta de défice

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A Moody’s reconheceu as medidas tomadas pelos vários governos regionais Mike Segar/Reuters

Numa relatório hoje divulgado, a Moody’s reconhece as medidas tomadas pelos governos regionais e os cortes anunciados e aplicados, que afectam especialmente os sectores da educação e saúde, e que permitiram desacelerar o crescimento dos gastos operacionais - que nos últimos anos aumentaram 9% - e que no terceiro trimestre caíram 1,3%.

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Numa relatório hoje divulgado, a Moody’s reconhece as medidas tomadas pelos governos regionais e os cortes anunciados e aplicados, que afectam especialmente os sectores da educação e saúde, e que permitiram desacelerar o crescimento dos gastos operacionais - que nos últimos anos aumentaram 9% - e que no terceiro trimestre caíram 1,3%.

Apesar disso, a Moody's considera que o esforço é insuficiente porque as receitas também caíram 3% no terceiro trimestre, pelo que as medidas são insuficientes para conseguir o limite de défice.

“Como resultado, mantemos a nossa previsão de que as regiões provavelmente excederão o seu objectivo pelo menos num ponto percentual”, considera.

Nos primeiros nove meses do ano, o défice das comunidades autónomas ficou abaixo do limite (fixando-se em 1,19% do PIB), mas a Moody’s antecipa que esse valor aumentará no último trimestre.

Como prova, a agência recorda que em 2010 o défice no terceiro trimestre era de 1,2%, mas que fechou o ano nos 2,8%.

Entretanto, uma outra agência de notação, a Fitch, anunciou também hoje uma descida de dois níveis no rating de Castela La Mancha, para BBB+.

A descida ocorre dias depois do Governo regional ter anunciado a segunda fase de um plano de cortes nos gastos públicos que, acumulado com as medidas anunciadas em Agosto, representará uma poupança de mais de 2,36 mil milhões de euros.