Colapso de Itália será fim do euro, dizem Merkel e Sarkozy

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Sarkozy e Merkel na minicimeira de ontem, em Estrasburgo Philippe Wojazer/Reuters

O chefe de Estado e a chanceler alemã reafirmaram “o seu apoio à Itália afirmando-se conscientes que o colapso de Itália levará inevitavelmente ao fim do euro e a uma interrupção do processo de integração europeia com consequências imprevisíveis”, de acordo com um comunicado do Governo italiano publicado após um conselho de ministros, citado pela France Press.

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O chefe de Estado e a chanceler alemã reafirmaram “o seu apoio à Itália afirmando-se conscientes que o colapso de Itália levará inevitavelmente ao fim do euro e a uma interrupção do processo de integração europeia com consequências imprevisíveis”, de acordo com um comunicado do Governo italiano publicado após um conselho de ministros, citado pela France Press.

Durante a minicimeira que reuniu na quinta-feira os três dirigentes em Estrasburgo (França), Merkel e Sarkozy manifestaram a sua confiança em Monti e no empenho de Itália “no esforço comum destinado a encontrar soluções para a grave crise financeira e económica da zona euro”, acrescentou o governo italiano.

Monti confirmou o objectivo de Itália de atingir o equilíbrio orçamental em 2013 e assegurou que Roma vai aprovar rapidamente medidas destinadas a relançar o crescimento.

No Conselho de Ministros de hoje, o executivo iniciou discussões para “identificar o caminho a percorrer, o mais rapidamente possível, para definir o pacote de medidas [estruturais] a adoptar”.

As taxas de juro para a Itália continuam hoje a disparar nos mercados secundários, no dia em que o Tesouro emitiu oito mil milhões de euros de dívida em Bilhetes do Tesouro a seis meses com um juro recorde de 6,504%, a taxa mais elevada desde Agosto de 1997.

No final do encontro de ontem, que serviu para preparar a cimeira europeia de 8 e 9 de Dezembro, Sarkozy fez uma aproximação à posição de Merkel sobre o papel do Banco Central Europeu na resposta à crise da dívida, afastando a ideia – até aqui defendida pela França – de a autoridade monetária poder reforçar o seu papel e atribuições na compra de dívida soberana.