Aluguer de carros eléctricos por 3,2 milhões sem consenso na Câmara de Lisboa

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Vereadores questionam os custos do negócio numa altura de contenção de custos Rui Gaudêncio

Tanto Victor Gonçalves (PSD), como Ruben de Carvalho (PCP), questionaram se a autarquia deve investir 3,2 milhões de euros em carros eléctricos na actual conjuntura económica. "Numa altura em que se está a cortar nas horas extraordinárias isto é no mínimo discutível e tem de ser muito bem explicado", disse Ruben de Carvalho, lembrando que os veículos eléctricos são mais caros do que os convencionais.

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Tanto Victor Gonçalves (PSD), como Ruben de Carvalho (PCP), questionaram se a autarquia deve investir 3,2 milhões de euros em carros eléctricos na actual conjuntura económica. "Numa altura em que se está a cortar nas horas extraordinárias isto é no mínimo discutível e tem de ser muito bem explicado", disse Ruben de Carvalho, lembrando que os veículos eléctricos são mais caros do que os convencionais.

Fernando Nunes da Silva, independente eleito pelo PS, fez reparos semelhantes, lembrando que a câmara "está com uma contenção enorme de custos". O vereador da Mobilidade considerou ainda excessivo o prazo de 60 meses para o aluguer, dado que a tecnologia eléctrica "está numa fase muito inicial, em evolução".

O autarca deixou uma sugestão para poupar dinheiro: utilizar na frota da câmara alguns dos 800 veículos que estão à sua guarda nos parques da Emel. Segundo Nunes da Silva foi feito um levantamento no qual se concluiu que pelo menos 50 estavam "em óptimo estado" e aptos para a função.

Segundo o assessor de imprensa de Sá Fernandes, a proposta foi adiada para a próxima reunião por alguns vereadores terem solicitado dados adicionais, nomeadamente sobre a actual frota da autarquia.