Nos Idos de Março

Convocar o cinema americano político dos anos 70 a propósito de “Os Idos de Março” tem tanto de reflexo condicionado como de “wishful thinking”, tal a maneira como o cinema americano corrente, de grande circulação, anda a parecer apolítico e pueril. O que não deixa de jogar a favor do filme do Clooney: não é tão consistente, tão determinado e cerrado como “Boa Noite e Boa Sorte”, mas almeja ter alguma coisa a dizer, entre adultos, sobre a política americana. Uma lição de desencanto e cinismo, com certeza (Clooney fala disto com pinças, mas é obviamente um filme de desapontamento “pós-Obama”), algo enrolada e bastante convencional, que vive melhor quando se deposita na inteligência e na energia dos actores, especialmente os secundários: Hoffman, Giamatti, Tomei... Não é muito bom, mas de certeza que também não é muito mau.

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Convocar o cinema americano político dos anos 70 a propósito de “Os Idos de Março” tem tanto de reflexo condicionado como de “wishful thinking”, tal a maneira como o cinema americano corrente, de grande circulação, anda a parecer apolítico e pueril. O que não deixa de jogar a favor do filme do Clooney: não é tão consistente, tão determinado e cerrado como “Boa Noite e Boa Sorte”, mas almeja ter alguma coisa a dizer, entre adultos, sobre a política americana. Uma lição de desencanto e cinismo, com certeza (Clooney fala disto com pinças, mas é obviamente um filme de desapontamento “pós-Obama”), algo enrolada e bastante convencional, que vive melhor quando se deposita na inteligência e na energia dos actores, especialmente os secundários: Hoffman, Giamatti, Tomei... Não é muito bom, mas de certeza que também não é muito mau.