Relvas admite avaliar não cortar um dos subsídios

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Para o ministro, “o que é inegociável é o objetivo de Portugal no próximo ano ter 4,5 por cento” Rui Gaudêncio

“Todas as propostas são possíveis de ser avaliadas. Têm que ser avaliadas, têm que ser vistas na dimensão que elas produzem nas consequências dos objetivos que têm que ser atingidos, mas a atitude que o Partido Socialista teve foi uma atitude muito construtiva e muito positiva”, afirmou Miguel Relvas aos jornalistas.

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“Todas as propostas são possíveis de ser avaliadas. Têm que ser avaliadas, têm que ser vistas na dimensão que elas produzem nas consequências dos objetivos que têm que ser atingidos, mas a atitude que o Partido Socialista teve foi uma atitude muito construtiva e muito positiva”, afirmou Miguel Relvas aos jornalistas.

O ministro falava à margem de um almoço de homenagem ao presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, num hotel de Lisboa.

Questionado sobre como pretende compensar a nível do Orçamento do Estado que apenas um dos subsídios seja cortado, Miguel Relvas respondeu que essas “são matérias que têm que ser tratadas com capacidade técnica, é isso que está a ser feito”.

“Há sempre abertura para conversarmos com outros partidos políticos, é isso que temos feito com o Partido Socialista, temos conversado no Parlamento, os deputados da maioria e os deputados do Partido Socialista”, afirmou, acrescentando que “a votação [final global] é no dia 30 de novembro, há ainda um caminho a percorrer”.

Para o ministro, “o que é inegociável é o objetivo de Portugal no próximo ano ter 4,5 por cento” de défice, porque “já passou o tempo de ilusões, já passou o tempo de se apresentar orçamentos que à partida se sabia que não eram concretizáveis”.

“Estamos sempre abertos a propostas que permitam que os objetivos se possam atingir”, afirmou.

O secretário-geral do PS, António José Seguro anunciou na quinta-feira a abstenção dos socialistas na votação do Orçamento do Estado, acrescentando que o objetivo do partido é que seja mantido um dos subsídios dos funcionários públicos.