Lucros do BCP recuaram 73% até Setembro
O banco liderado por Carlos Santos Ferreira, que apresentou esta tarde os resultados trimestrais, apresentou estas perdas nos primeiros nove meses do ano reflectindo, em parte, as perdas que teve de assumir com a desvalorização de 21% da dívida pública grega detida pelo banco.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O banco liderado por Carlos Santos Ferreira, que apresentou esta tarde os resultados trimestrais, apresentou estas perdas nos primeiros nove meses do ano reflectindo, em parte, as perdas que teve de assumir com a desvalorização de 21% da dívida pública grega detida pelo banco.
À comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a quem o BCP informou destes números, o banco explica que o resultado líquido foi impulsionado sobretudo pelas operações internacionais onde o banco está presente com outros accionistas. No total, os lucros ascenderam a 73,7 milhões de euros: na Polónia registaram um aumento de 60%, em Moçambique de 45% e em Angola de 41%.
A margem financeira do banco subiu 9,6%, resultado da diminuição do volume de crédito concedido e da “redução da taxa de margem financeira do crédito”.
O valor dos depósitos dos clientes manteve-se praticamente estável (nos 45.312 milhões de euros em Setembro, contra 45.319 milhões no mesmo mês do ano passado).
O rácio Core Tier 1 (que mede o nível de capital das instituições bancárias) está nos 9,1%, em linha com o nível estabelecido pelas autoridades europeias como limiar para a banca até Junho de 2012. Em Setembro do ano passado, a instituição tinha o Core Tier 1 em 5,6%.