Quebra no consumo das famílias é a maior em 33 anos

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A actividade económica está no nível mais baixo desde Junho de 2009 Daniel Rocha

A queda é maior do que a registada em 2009 quando a economia portuguesa esteve em recessão ou de 1979 e 1983, os anos em que Portugal foi intervencionado pelo Fundo Monetário Internacional, mostram os dados dos indicadores de conjuntura hoje divulgados pelo supervisor bancário.

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A queda é maior do que a registada em 2009 quando a economia portuguesa esteve em recessão ou de 1979 e 1983, os anos em que Portugal foi intervencionado pelo Fundo Monetário Internacional, mostram os dados dos indicadores de conjuntura hoje divulgados pelo supervisor bancário.

O efeito da austeridade está a empurrar o consumo das famílias para valores mínimos. A trajectória negativa observa-se desde Maio do ano passado. Em Agosto, o BdP colocava o indicador coincidente do consumo privado em quatro pontos negativos, já ao nível mais baixo desde 1978. Agora, os números provisórios de Setembro reflectem uma tendência ainda mais negativa.

Este efeito coloca a actividade económica no nível mais baixo desde Março de 1984 e no segundo pior desde Junho de 2009. O índice está em queda desde Julho e regista agora um agravamento para três pontos negativos, quando em Agosto estava em 2,4 pontos negativos.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelara para o trimestre terminado em Agosto uma quebra significativa no volume de negócios de comércio a retalho. A diminuição em termos reais foi de 5,2 por cento, reflectindo a quebra na compra de bens duradouros desde o início do ano.

Notícia actualizada e título corrigido às 16h57

: No título anterior, escreveu-se que o consumo das famílias estava em valores mínimos de 33 anos, quando o recorde histórico a que se refere no texto é à quebra comparada do consumo.