Portagens em todas as Scuts avançam este mês

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Ministro diz ter consciência de que as medidas apresentadas não são “consensuais”

Dizendo que não estava em causa a manutenção da prestação de serviço público de transportes, Santos Pereira adiantou ainda a intenção de fundir algumas empresas públicas – Carris e Metro de Lisboa, que darão lugar à Empresa de Transportes de Lisboa; STCP e Metro do Porto, para dar lugar à Empresa de Transportes do Porto e a fusão de Transtejo e Soflusa, para aparecer apenas o grupo Transtejo.

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Dizendo que não estava em causa a manutenção da prestação de serviço público de transportes, Santos Pereira adiantou ainda a intenção de fundir algumas empresas públicas – Carris e Metro de Lisboa, que darão lugar à Empresa de Transportes de Lisboa; STCP e Metro do Porto, para dar lugar à Empresa de Transportes do Porto e a fusão de Transtejo e Soflusa, para aparecer apenas o grupo Transtejo.

Relativamente ao sector aeroportuário, o ministro sublinhou a intenção de suspender a construção do novo aeroporto de Lisboa – “devido ao grave constrangimento de financiamento da economia, não nos parece possível avançar com o projecto já”. Mas, acrescentou o ministro, no contexto de privatização da TAP “aliando-a a um parceiro estratégico que alavanque o seu potencial”, parece útil que a construção de um novo aeroporto se mantenha no caderno de encargos.

A rentabilização do investimento que já foi efectuado no aeroporto da Portela deverá, também, passar pela maximização do seu período de vida, arranjando “um destino para as companhias low-cost”.

Ainda no sector rodoviário, o ministro afirmou que mesmo com a introdução de portagens em todas as Scut, e com a actualização pela inflação do Contributo de Serviço Rodoviário, o endividamento da Estradas de Portugal em 2030 será de 21 mil milhões de euros. Álvaro Santos Pereira acrescentou que para além da universalidade de utilizador-pagador, o Governo vão agora avançar com a renegociação de contratos assinados com as concessionarias, de modo a acomodar também o cancelamento e suspensão de vários troços, para gerar poupanças estimadas na ordem dos mil milhões de euros. O ministro anunciou ainda a intenção de criar uma rede de postos de abastecimento de combustivel low-cost bem como a autorização de estacionamento de veiculos GPL em parques cobertos.

“Espero que não restem dúvidas do nosso interesse para continuar a prestar um serviço público. O que é insustentável não tem futuro. Não vejo esta reforma como uma imposição da troika mas como um dever patriótico”, afirmou o ministro.