PND diz que depois das palavras do primeiro-ministro, campanha na Madeira continua “cambada”

O candidato do PND criticava o facto de Pedro Passos Coelho ter garantido quarta-feira na Assembleia da República que o resultado da autoria às contas da Madeira seria divulgado sexta-feira, mas o plano de ajustamento financeiro será depois negociado com o novo governo regional que sairá das eleições.

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O candidato do PND criticava o facto de Pedro Passos Coelho ter garantido quarta-feira na Assembleia da República que o resultado da autoria às contas da Madeira seria divulgado sexta-feira, mas o plano de ajustamento financeiro será depois negociado com o novo governo regional que sairá das eleições.

“Ouvimos da boca do primeiro-ministro que não íamos saber qual o plano de resgate para salvar as contas da região antes das eleições. Isto significa que vamos continuar a ter uma campanha eleitoral cambada, às cegas”, disse Hélder Spínola junto à Universidade da Madeira, no Tecnopolo.

Depois de ter protagonizado esta quarta-feira um episódio marcante nesta campanha, com os dirigentes do partido barricados durante cerca de 10 horas no edifício do Jornal da Madeira, hoje o PND fez uma iniciativa de campanha eleitoral dedicada a contactos com a população mais jovem, os estudantes, para “chamar a atenção para o futuro”.

Hélder Spínola aconselhou os madeirenses a “interpretarem ao máximo as palavras do primeiro-ministro e também líder nacional do PSD”. “Ele diz que devem julgar o que foi feito e levou a esta situação preocupante. Está a dizer que os madeirenses são chamados a castigar quem os levou a esta situação”, argumentou.

O candidato opinou que “a não apresentação do plano de resgate acontece por causa da pressão de Alberto João Jardim”. “Consigo interpretar na postura e palavras do primeiro-ministro que tem uma oportunidade de fazer o plano de resgate consoante o resultado das próximas eleições”, frisou, adiantando que este “porventura pode ser mais duro sobre o Governo do PSD e Alberto João Jardim”.

Para Hélder Spínola, o primeiro-ministro “ao fim e ao cabo diz aos madeirenses: castiguem ou serão castigados”.

O PND estreou-se nos actos eleitorais na Madeira nas legislativas de 2007, tendo conseguido eleger um deputado.