Tribunal da ONU emite mandados de captura no caso do assassinato de Rafiq al-Hariri

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Momento do atentado contra Rafiq al-Hariri Mohamed Azakir/Reuters

As ordens judiciais de detenção assim como o rol de acusações que incidem sobre os suspeitos, emitidas pelo tribunal com sede em Haia, chegaram hoje ao Líbano, foi confirmado pelo procurador-geral do país, Saeed Mirza - mas sem avançar informação sobre a identidade dos visados pelos mandados de captura.

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As ordens judiciais de detenção assim como o rol de acusações que incidem sobre os suspeitos, emitidas pelo tribunal com sede em Haia, chegaram hoje ao Líbano, foi confirmado pelo procurador-geral do país, Saeed Mirza - mas sem avançar informação sobre a identidade dos visados pelos mandados de captura.

Fontes locais apontam que os mandados terão os nomes de membros de topo do grupo político radical Hezbollah, que repetidamente tem recusado as acusações de envolvimento na morte de Hariri e mesmo ameaçado o tribunal da ONU caso fosse visado em alguma ordem judicial.

O filho de Hariri e líder da oposição parlamentar no Líbano, Saad Hariri avaliou este passo do tribunal como um “momento histórico”. “Ao fim de muitos anos de paciente espera e de combate, hoje estamos perante um momento histórico para o Líbano nos planos político, da justiça e da segurança”, afirmou em comunicado. E instou o Governo de Najib Mikati, dominado pelo Hezbollah, a respeitar as resoluções da instância internacional.

Mitaki veio entretanto garantir que agirá “de forma responsável e realista” face à decisão tomada pelo tribunal da ONU. “Actualmente enfrentamos uma nova realidade em relação à qual temos de agir de forma responsável e realista, sem perder de vista que estas são acusações e não veredictos”, avaliou em conferência de imprensa. “Todos os suspeitos são inocentes até que a sua culpa seja provada”, insistiu.

O Líbano tem agora um prazo de 30 dias para fazer cumprir os mandados de captura, período findo o qual o tribunal tornará público o rol de acusações e a chamada dos suspeitos – devidamente identificados – para comparecerem em juízo.

Notícia actualizada às 14h50