Deco encontrou 12 fontes com água imprópria para consumo
Os fontanários na “lista negra” da associação de defesa do consumidor estão em Loulé (Faro), Vale de Cambra (Aveiro), Baião (Porto), Viseu, Abrantes e Santa Iria da Ribeira de Santarém (Santarém), Almeida (Guarda), Caneças (Lisboa), Santa Clara do Louredo (Beja), Quinta da Ortiga (Setúbal), Elvas e Nisa (Portalegre).
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Os fontanários na “lista negra” da associação de defesa do consumidor estão em Loulé (Faro), Vale de Cambra (Aveiro), Baião (Porto), Viseu, Abrantes e Santa Iria da Ribeira de Santarém (Santarém), Almeida (Guarda), Caneças (Lisboa), Santa Clara do Louredo (Beja), Quinta da Ortiga (Setúbal), Elvas e Nisa (Portalegre).
De acordo com o estudo da Deco - que será publicado na revista “PROTESTE” Julho/Agosto - em Caneças, Odivelas, a água excede o limite máximo de chumbo e alumínio.
Em Abrantes, os valores de manganês, metal pesado perigoso por acumular-se no organismo, são elevados. Nas restantes 10 (Almeida, Baião, Beja, Elvas, Loulé, Nisa, Santarém, Santiago do Cacém, Vale de Cambra e Santa Maria de Viseu), há contaminação bacteriológica por E. Coli, Enterococus, Clostridium Perfringens ou coliformes fecais.
“Febre, diarreia e vómitos são sintomas comuns, típicos de gastroenterite e intoxicação alimentar. Infecções urinárias e, mais raramente, endocardite bacteriana, são também efeitos dessa contaminação. Crianças, idosos e indivíduos debilitados podem ser os mais afectados”, salienta a Deco.
Na sua opinião, “nenhum fontanário deveria estar disponível sem garantir requisitos mínimos de potabilidade da água”. As autoridades regionais (câmaras municipais, juntas de freguesia e delegações de saúde) já estão a par dos resultados. A Deco sugere que a situação poderia ser melhorada com a ligação dos fontanários à rede pública de abastecimento e a instalação de torneiras com temporizador.
“É necessário mudar a actual legislação para evitar situações dúbias sobre a responsabilidade na gestão das fontes e a qualidade da água que fornecem. O fecho é a solução limite. Pode ser impopular, mas é mais seguro do que o aviso de “’água não controlada”.