Sequenciado genoma de diabo da Tasmânia para tentar salvar espécie

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O cativeiro pode ser uma salvação para a espécie Stephan C. Schuster/Penn State University

Foram sequenciados os genomas de dois animais: um macho chamado Cedric, e uma fêmea chamada Spirit. Cedric era do Noroeste da Tasmânia e Spirit do ponto mais a sudoeste, os extremos territoriais do habitat da espécie (Sarcophilus harrisii). Desta forma esperam ter uma amostra o mais ampla possível da diversidade genética destes animais.

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Foram sequenciados os genomas de dois animais: um macho chamado Cedric, e uma fêmea chamada Spirit. Cedric era do Noroeste da Tasmânia e Spirit do ponto mais a sudoeste, os extremos territoriais do habitat da espécie (Sarcophilus harrisii). Desta forma esperam ter uma amostra o mais ampla possível da diversidade genética destes animais.

Os dois animais morreram devido ao cancro que está a dizimar os diabos da Tasmânia. O tumor apanha o focinho dos marsupiais e acaba por levá-los à morte, pois impede-os de se alimentarem e até de respirar. E não se parece com nada já visto: é causado por uma célula cancerígena que se espalha como um vírus. Passa de animal para animal, como uma infecção, durante o acasalamento ou as lutas.

Por outro lado, os cientistas, que relatam o seu trabalho na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, analisaram também as características genéticas dos tumores. Tudo isto pode ajudar a seleccionar animais para um programa de reprodução em cativeiro, escolhendo os mais variados geneticamente e com resistência ao cancro.