Rui Tavares desvincula-se do BE no Parlamento Europeu

Foto
Falta de confiança política na direcção do Bloco é o motivo apontado por Rui Tavares para se desvincular do partido Ana Ramalho

Falta de confiança política na direcção do Bloco é o motivo apontado pelo eurodeputado. “É-me impossível manter confiança pessoal e política no Coordenador Nacional do BE e, em consequência, continuar a fazer parte da delegação no Parlamento Europeu do partido por ele liderado, passando simplesmente à condição de deputado independente, integrado no grupo dos Verdes europeus.”, afirma Rui Tavares, no comunicado enviado às redacções.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Falta de confiança política na direcção do Bloco é o motivo apontado pelo eurodeputado. “É-me impossível manter confiança pessoal e política no Coordenador Nacional do BE e, em consequência, continuar a fazer parte da delegação no Parlamento Europeu do partido por ele liderado, passando simplesmente à condição de deputado independente, integrado no grupo dos Verdes europeus.”, afirma Rui Tavares, no comunicado enviado às redacções.

O caso prende-se com um texto publicado por Francisco Louçã, na sua página no Facebook, na passada sexta-feira, no qual o coordenador do BE imputava a Rui Tavares uma informação errónea relativa ao nome dos quatro fundadores do partido. Fernando Rosas era substituído na história por Daniel Oliveira. “Na minha resposta — pública porque tinha sido pública a nota de Louçã — neguei que alguma vez tivesse declarado, a jornalistas ou quaisquer outras pessoas, em público ou privado, que Daniel Oliveira fosse um dos quatro fundadores do BE”, diz Tavares.

“O mínimo que espero de Francisco Louçã é que esclareça a confusão que levianamente criou, peça desculpas pelo facto, e retracte o seu texto”, podia ler-se na nota de imprensa emitida pelo seu gabinete no Parlamento Europeu.

“Passaram três dias e nada disto aconteceu”. Na ausência de um pedido de desculpas público, Tavares considera que não tem condições para continuar.

Miguel Portas e Marisa Matias, os outros dois eurodeputados eleitos pelo BE, reagiram entretanto ao comunicado para afirmarem que respeitam a decisão de Rui Tavares. ”Tratando-se de uma decisão individual, registamos a desproporção entre o motivo invocado e a consequência política da decisão”, afirmam.

Contactado pelo PÚBLICO, Francisco Louçã remeteu explicações para o comunicado divulgado pelos dois eurodeputados bloquistas. E acrescentou que não iria “fazer qualquer outro comentário, dada a natureza pessoal do texto” divulgado por Rui Tavares.

À Lusa, o coordenador bloquista afirmou lamentar a decisão do eurodeputado mas disse não estar surpreendido. E rematou: “Tenho pena, mas não temo nada, antes pelo contrário”.

Para já, Rui Tavares remete todas explicações para o comunicado divulgado. Amanhã fará, na crónica semanal do PÚBLICO, uma análise da sua actividade durante dois anos no Parlamento Europeu.

Notícia actualizada às 16h50