Associação diz que GNR precisa de mais militares para assegurar policiamento

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Militares estão ocupados com funções administrativas por "falta de dinheiro", denuncia associação Adriano Miranda (arquivo)

O dirigente da ASPIG José Alho disse à agência Lusa que “não há falta de efectivos” na GNR, mas que muitos “não estão em actividade operacional”.

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O dirigente da ASPIG José Alho disse à agência Lusa que “não há falta de efectivos” na GNR, mas que muitos “não estão em actividade operacional”.

“Logística e administração” são funções que a GNR poderia contratar com empresas civis mas que “por falta de dinheiro” se vê obrigada a atribuir a guardas, indicou José Alho, que espera que “o próximo governo cumpra o que está prometido” e liberte mais guardas para as ruas.

Hoje, um guarda da GNR foi ferido em Quarteira por um homem que depois se barricou num prédio. No sábado à noite, militares da Guarda foram apedrejados no Bairro do Torrão, em Almada. São dois exemplos da “onda de violência” que a ASPIG condena.

José Alho salientou ainda que devido à falta de guardas na actividade operacional, há situações no interior do país em que “um ou dois guardas fazem o patrulhamento de dois ou três concelhos”.

“Os patrulheiros da GNR são os que enfrentam os problemas no dia-a-dia e são os mais mal apretechados e mais mal pagos. São eles o garante da segurança de pessoas e bens e tão mal reconhecidos pelo poder político”, lamentou em comunicado a ASPIG, que José Alho afirma ter “cerca de três mil associados”.