Vitória para Anton no Giro, em solitário

Foto
Anton festeja o seu triunfo no Giro Stefano Rellandini/Reuters

Anton atacou nos últimos cinco quilómetros dos 210 entre a Linz, na Áustria, e a derradeira subida, no alto dos 1.730 metros de uma subida de 10.1 quilómetros, concluindo a tirada em 5h04m26s, menos 33 segundos que Contador.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Anton atacou nos últimos cinco quilómetros dos 210 entre a Linz, na Áustria, e a derradeira subida, no alto dos 1.730 metros de uma subida de 10.1 quilómetros, concluindo a tirada em 5h04m26s, menos 33 segundos que Contador.

Contador, três vezes vencedor do Tour, preferiu “marcar” Vincenzo Nibali (Liquigas), sem que o italiano o conseguisse acompanhar nas últimas rampas da etapa, e acabou por garantir mais 11 segundos de vantagem sobre o “rival”, sete na estrada e quatro de bonificação.

Já sob a chuva, que começou a cair na zona da chegada, o italiano Michele Scarponi (Lampre) terminou em quarto, 1m11s depois de Anton, à frente do russo Denis Menchov (Geox) e do francês John Gadret (AG2R).

O português Tiago Machado (RadioShack) foi o 21.º a terminar, 4m03s depois do vencedor, enquanto Manuel Cardoso (RadioShack) terminou na 166.ª posição, a 21m49s de Anton.

Gianluca Brambilla (Colnago), Bram Tankink (Rabobank) e Matteo Rabottini (Farnese) animaram a corrida ao saltarem do pelotão aos 29 quilómetros, conseguindo mais de dez minutos de vantagem perante a passividade da Saxo Bank.

A diferença só diminuiu quando a Liquigas, de Nibali, assumiu a liderança do pelotão, permitindo um avanço de três minutos aos fugitivos no início da última subida.

Joaquim Rodríguez (Katusha) atacou a sete quilómetros da meta, sem que alguém respondesse, até que Antón assumiu a responsabilidade, com “Purito” e Scarponi na roda.

Contador deixou que Antón se adiantasse, preferindo manter o contacto com o italianos e, depois, com Nibali.

Na classificação geral, Contador alargou para 3m20s a diferença sobre Nibali e viu Anton, que subiu de sétimo para o terceiro posto, aproximar-se, com apenas mais um segundo que o vencedor da Vuelta 2010.

Machado subiu dois lugares, para o 25.º lugar, a 16m28s de Contador, e Cardoso caiu um posto, para o 160.º, a 2h12m02s da camisola rosa.

O percurso da tirada foi alterado duas vezes, primeiro por ter sido abolido o Monte Crostis, que seria o penúltimo obstáculo, por decisão das equipas e da União Ciclista Internacional contra a vontade da organização, e depois por uma manifestação na abordagem ao Zoncolan.