Villas-Boas: “Refutamos a ideia de favoritismo”

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O técnico portista prevê dificuldades Foto: Miguel Vidal/Reuters

“Não há favoritos, refutamos a ideia de favoritismo. Não sei onde os jogadores do Villarreal foram buscar isso”, disse Villas-Boas, que aguarda um embate “extremamente complicado, certamente para resolver em duas mãos”.

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“Não há favoritos, refutamos a ideia de favoritismo. Não sei onde os jogadores do Villarreal foram buscar isso”, disse Villas-Boas, que aguarda um embate “extremamente complicado, certamente para resolver em duas mãos”.

O técnico portista mostrou um “respeito absoluto” pelo adversário de quinta-feira, que considera o melhor de todos os que os “dragões” já tiveram pela frente, até porque, como o FC Porto, os quartos colocados da Liga espanhola “mantiveram uma identidade ao longo de toda a época”. “São equipas com estilos agradáveis à vista de todos. O Villarreal joga um futebol atacante, de grande qualidade, sendo comparado, pelo estilo de jogo, ao ‘Barça’. Tem gosto e prazer pelo que faz, e nós também”, frisou.

Assim, e de acordo com Villas-Boas, “chocar duas equipas assim valoriza a competição em absoluto”, até porque são duas equipas que estão na competição “desde o início”, facto novamente salientado pelo técnico portista. “Serão dois jogos em que tudo pode acontecer e espero que sejamos competentes”, disse, recusando semelhanças entre o Villarreal e o Sevilha, que o FC Porto já eliminou: “São estilos completamente diferentes”.

Villarreal está perto do sucesso, prevê Villas-Boas

Em termos de palmarés, os “dragões” enfrentam uma equipa que nunca ganhou nada, mas Villas-Boas desvaloriza: “Passou por umas meias-finais da Champions (eliminados pelo Arsenal, em 2005/2006) e podia ter chegado à final”. “É um clube que quer caminhar até ao sucesso, que um dia chegará, pois está cada vez mais perto. Tem um treinador (Juan Garrido) que triunfou desde muito jovem. Um dia colherá frutos”, prosseguiu.

Quanto à forma como Villarreal se vai apresentar, André Villas-Boas disse que tal é “um pouco imprevisível”, mas lembrou que “manteve a sua identidade no Bernabéu e no Camp Nou” e tem uma “estrutura muito sólida”.

Quanto ao FC Porto, o treinador lembrou que o último jogo (triunfo por 3-1 sobre o Benfica, na Luz, para a Taça de Portugal) teve um “impacto óptimo e forte” na equipa, face à ambição de conquistar uma terceira Taça de Portugal consecutiva, algo que o clube nunca conseguiu. Entretanto, os “dragões” folgaram no fim-de-semana, face à disputa da final da Taça da Liga, entre Benfica e Paços de Ferreira: “Aproveitámos para descansar, o que foi óptimo para nós, mas não sei se é uma vantagem”.

André Villas-Boas apelou ainda à presença do público: “A mensagem é que nada fazemos sem o apoio e a tranquilidade dos adeptos. Temos que perceber que ter 48, 49 ou 50 mil pessoas torna o estádio intenso, gera emoções e medo. Se pudermos ter euforia e apoio, melhor para nós”.

A finalizar, o treinador portista falou sobre o futuro, desta vez questionado sobre o alegado interesse da Juventus, que traria dois emissários para o observar. “São especulações naturais, face ao que a equipa tem vindo a fazer, mas não deixam de ser informações falsas. Num jogo, um treinador não faz mais do que passear um fato e correr um bocadinho”, lembrou Villas-Boas.

Notícia actualizada às 14h23