BCE deu instruções aos bancos portugueses para reduzirem exposição ao Estado, diz António de Sousa

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António de Sousa Miguel Manso

“Quando ficou claro que as necessidades de financiamento do Estado implicavam mais fundos por parte dos bancos, os bancos disseram que isso não podia ser feito porque têm claras instruções do Banco de Portugal e do BCE para fazer o contrário, para diminuir a exposição”, disse à agência de notícias por telefone.

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“Quando ficou claro que as necessidades de financiamento do Estado implicavam mais fundos por parte dos bancos, os bancos disseram que isso não podia ser feito porque têm claras instruções do Banco de Portugal e do BCE para fazer o contrário, para diminuir a exposição”, disse à agência de notícias por telefone.

Segundo disse o ex-governador do Banco de Portugal (BdP), “o pedido de ajuda é o primeiro passo para Portugal resolver os seus problemas” e evitar uma maior degradação da notação da dívida soberana do Estado, a que a Rpública, os bancos e várias empresas do Estado não têm sido poupados desde o chumbo do PEC IV no Parlamento e a demissão de José Sócrates.

Depois de o primeiro-ministro ter anunciado ontem o pedido de ajuda externa a Bruxelas, o Governo vai hoje formalizar por escrito o pedido à Comissão Europeia.

Notícia actualizada às 16h54