Japão tem 10 por cento da produção industrial paralisada

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A tecnologia é uma das indústrias mais afectadas Yuriko Nakao/Reuters

A imprensa internacional estima em 180 mil milhões de dólares (cerca de três por cento da riqueza produzida no Japão) os custos da recuperação japonesa.

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A imprensa internacional estima em 180 mil milhões de dólares (cerca de três por cento da riqueza produzida no Japão) os custos da recuperação japonesa.

Entre as indústrias nipónicas mais afectadas pelo sismo de sexta-feira está a tecnológica, de que o Japão é líder mundial, a automóvel e a electrónica de consumo. O Japão possui algumas das marcas mundias mais conhecidas, como a Toyota, a Fuji, Nikon, Canon, Sony, Panasonic e Toshiba.

Os dados divulgados pelos analistas dos grandes bancos mundiais, que estão a ser divulgados, indicam que a economia japonesa, que já estava a ser afectada pela crise financeira, poderá entrar de novo em recessão já durante o primeiro semestre.

Com as principais infra-estruturas de transportes fechadas, aeroportos e portos, a actividade económica dependente de apoios logísticos está praticamente paralisada. Recorde-se que cerca de 40 por cento das matérias-primas usadas na produção nipónica são importadas. Para recuperar a economia, os analistas falam em números muio superiores aos investidos há 16 anos, na sequência do sismo de Kobe (cerca de 90 mil milhões de dólares).

A bolsa janonesa encerrou ontem no vermelho com o índice Nikkei a cair 11 por cento, uma tendência que hoje se está a alastrar às bolsas mundiais, com a alemã (o motor económico europeu) a afundar cinco por cento. Para acalmar os mercados o governo japonês já anunciou injecções de fundos no sector financeiro superiores a 60 mil milhões de dólares para facultar liquidez ao sistema.