Presidente do BES preocupado com queda de depósitos em caso de intervenção externa

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Ricardo Salgado receia queda de depósitos Paulo Ricca (arquivo)

“Os depósitos nos bancos portugueses não têm parado de crescer, enquanto os depósitos dos bancos gregos e irlandeses estão a cair. Isto é o efeito perverso da intervenção do fundo europeu e do FMI, uma quebra de confiança”, disse Ricardo Salgado, na II Conferência Reuters/TSF, que decorre em Lisboa.
Segundo o banqueiro, “em caso de intervenção, Portugal não está livre de lhe acontecer o mesmo”, acrescentando ainda que os
spreads da dívida soberana dos países alvo de intervenção externa também não têm diminuído.

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“Os depósitos nos bancos portugueses não têm parado de crescer, enquanto os depósitos dos bancos gregos e irlandeses estão a cair. Isto é o efeito perverso da intervenção do fundo europeu e do FMI, uma quebra de confiança”, disse Ricardo Salgado, na II Conferência Reuters/TSF, que decorre em Lisboa.
Segundo o banqueiro, “em caso de intervenção, Portugal não está livre de lhe acontecer o mesmo”, acrescentando ainda que os
spreads da dívida soberana dos países alvo de intervenção externa também não têm diminuído.

Os depósitos dos particulares aumentaram 377 milhões de euros de Novembro para Dezembro, fixando-se no final de 2010 em 118.989 milhões de euros, indicou o Banco de Portugal no Boletim Estatístico divulgado a 21 de Fevereiro.

Este foi o valor mais alto que atingiu desde Julho de 2010, quando chegou ao máximo da série disponibilizada pelo Banco de Portugal - nos 119.232 milhões de euros - que remonta a Outubro de 1989, tendo sido também o terceiro aumento mensal consecutivo.