GNR: costa é protegida por sistema de radar alternativo e unidades móveis

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Para a GNR, uma recente apreensão de droga "prova que a vigilância de costa está a funcionar" Foto: Nuno Oliveira/arquivo

"O sistema antigo tinha de ser desligado porque estava velho e já não respondia, por isso está a ser instalado o SIVICC [Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo]" e a "UCC da GNR está a operar o VTS [Vessel Traffic System, em inglês, do Ministério das Obras Públicas], como sistema alternativo", explicou a fonte, não identificada pela Lusa.

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"O sistema antigo tinha de ser desligado porque estava velho e já não respondia, por isso está a ser instalado o SIVICC [Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo]" e a "UCC da GNR está a operar o VTS [Vessel Traffic System, em inglês, do Ministério das Obras Públicas], como sistema alternativo", explicou a fonte, não identificada pela Lusa.

Segundo noticiou hoje o "Diário de Notícias", os radares que vigiavam a costa nacional estão desligados desde Novembro, sendo a vigilância da costa e do mar feita com recurso a 50 binóculos.

O "sistema de radar VTS em Ferragudo [no Algarve] é operado por militares da UCC" e "cerca de 350 militares estão no terreno 24 sobre 24 horas a patrulhar e a vigiar a costa" com unidades móveis novas, binóculos, radares e sistemas de comunicações, explicou a fonte do comando da UCC.

A título de exemplo, a mesma fonte afirmou também que, "na semana passada, foram entregues aos espanhóis mais 2750 quilos de droga que vinha de África", o que "prova que a vigilância de costa está a funcionar".

O SIVICC "não pode ser visto de uma forma isolada", é um "sistema de complementaridade e que está a ser testado e afinado", tendo ainda nas últimas duas semanas "decorrido provas de mar, em Sines e Algarve, no seguimento de embarcações", contou.

Demora prende-se com postos de observação fixos

A fonte explicou que alguma "demora na instalação" do novo sistema prende-se com os "postos de observação fixos", já que "são necessárias licenças e autorizações de entidades externas à GNR e ao ministério".

De acordo com a fonte da GNR, a plataforma de gestão (SIVICC) terá por base cinco grandes subsistemas: a área de comunicações, a detecção e identificação, o comando e controlo, a gestão e a localização georreferenciada de embarcações, incluindo as mais pequenas.

O Centro de Comando e Controlo Nacional "será uma das vantagens da plataforma e ficará instalado em Lisboa", onde monitorizará todas as informações recolhidas pelos cerca de 30 pontos, fixos e móveis, ao longo da costa nacional, explicou o oficial da GNR.

O Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações também colabora com este projecto ao disponibilizar informações recebidas pelo sistema VTS à GNR.

A Lusa contactou o Ministério da Administração Interna, que remeteu para a GNR as explicações sobre esta questão.

O SIVICC e o VTS, sob tutelas ministeriais diferentes, terão um Centro de Controlo de Reserva comum em Ferragudo, uma unidade pronta a entrar em funcionamento em qualquer altura, em caso de falha dos sistemas em Lisboa, de acordo com o Ministério das Obras Públicas.

A área marítima sob jurisdição nacional é superior a 1.600.000 quilómetros quadrados, cerca de 18 vezes a área do território terrestre e mais de metade do conjunto de toda a área das zonas económicas exclusivas da União Europeia.