Líder da oposição islamista regressa à Tunísia
Ghannouchi é o presidente do partido Ennahda [Renascença], que foi classificado como uma organização terrorista e ilegalizado pelo ditador Zine El Abidine Ben Ali, deposto no início de Janeiro ao fim de 23 anos no poder.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Ghannouchi é o presidente do partido Ennahda [Renascença], que foi classificado como uma organização terrorista e ilegalizado pelo ditador Zine El Abidine Ben Ali, deposto no início de Janeiro ao fim de 23 anos no poder.
O novo governo interino da Tunísia anunciou uma amnistia aos presos políticos e abriu o processo para a legalização de todos os partidos políticos proibidos por Ben Ali, respondendo assim às exigências dos manifestantes que fizeram cair o regime.
Mais de mil simpatizantes do partido aguardavam Ghannouchi no aeroporto internacional de Tunes. À espera estavam também manifestantes com faixas que diziam “Não ao islão, à teocracia, à sharia e à estupidez”, reportou a Reuters.
O Ennahda é considerado um partido moderado, e os observadores encaram o regresso de Rachid Ghannouchi à Tunísia como um dos mais fortes sinais da mudança política no país.
À chegada, o líder islamista disse estar interessado em trabalhar para a consolidação da democracia no seu país, mas pôs de parte uma futura candidatura à presidência nas próximas eleições.