“Quem tem que esclarecer a questão do BPN é o candidato Cavaco Silva”, diz Defensor Moura

À chegada à Covilhã – cidade para a qual se deslocou de Lisboa utilizando o comboio – questionado pelos jornalistas sobre a questão do BPN, Defensor Moura afirmou que já fez o que “tinha a fazer”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

À chegada à Covilhã – cidade para a qual se deslocou de Lisboa utilizando o comboio – questionado pelos jornalistas sobre a questão do BPN, Defensor Moura afirmou que já fez o que “tinha a fazer”.

“Fi-lo frente a frente, olhos nos olhos, com o candidato Cavaco Silva e não tenho mais nada a acrescentar. Quem tem que esclarecer é o candidato Cavaco Silva, não eu”, realçou.

O candidato à Presidência da República - que concorre sem o apoio de qualquer partido - recordou que no debate com o recandidato a Belém esclareceu “suficientemente” a sua posição, tendo denunciado “a falta de isenção, a falta de lealdade e o favorecimento que o candidato Cavaco Silva fez no exercício do seu mandato, com provas concretas de factos que ocorreram”.

“Isso para mim é suficiente para demonstrar quem é o candidato Cavaco Silva e a forma como ele exerceu o seu mandato como Presidente da República”, reforçou.

Defensor Moura não tem “mais nenhuma pergunta para fazer sobre o negócio” do BPN, acrescentando que Cavaco Silva fará o que entender.

“Eu por mim não preciso de ser esclarecido que eu não sou polícia nem pertenço a nenhum órgão judicial”, disse, realçando que “a sua missão era denunciar que Cavaco Silva não é isento, não é leal e favorece os amigos e os correligionários”.

A questão dos lucros que Cavaco Silva obteve com o BPN foi levantada por Defensor Moura no debate televisivo que teve com Cavaco Silva.

Nesse frente a frente, a 23 de Dezembro, o presidente recandidato afirmou ser alvo de uma "campanha suja" a propósito do BPN, em resposta a Defensor Moura, que o acusou de "pactuar com negócios ilícitos".