Machete
Ponhamos a coisa assim: Robert Rodriguez insiste em fazer os filmes, sanguinolentos e apalhaçados, que o seu compincha Tarantino citaria se fossem genuinamente sanguinolentos e apalhaçados. Mas Rodriguez tem mais (sobre-)consciência de género do que talento. "Machete" é tão pesado (e tão bruto) como qualquer coisa que ele já tenha feito, e chega a ser penosa a sua falta de jeito para "ritualizar" (ou apenas para "coreografar") a violência.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Ponhamos a coisa assim: Robert Rodriguez insiste em fazer os filmes, sanguinolentos e apalhaçados, que o seu compincha Tarantino citaria se fossem genuinamente sanguinolentos e apalhaçados. Mas Rodriguez tem mais (sobre-)consciência de género do que talento. "Machete" é tão pesado (e tão bruto) como qualquer coisa que ele já tenha feito, e chega a ser penosa a sua falta de jeito para "ritualizar" (ou apenas para "coreografar") a violência.
Caricatura de Peckinpah, caricatura de Tarantino, caricatura de caricatura - convenhamos que mesmo com toda a condescendência do mundo (que o filme, de tão "espertinho", não merece) se torna indigesto. O rosto pedregoso de Danny Trejo merecia outra homenagem. E no que toca à recuperação de velhas glórias (Steven Seagal, Don Johnson...), Stallone e os seus "Mercenários" continuam a ganhar.