Prédio ocupado em Lisboa já foi despejado pela polícia

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Há 4600 fogos vazios em Lisboa, dizem os activistas Miguel Manso

"Ocupamos um edifício da CML para recriar nele valor social, oferecendo sopa quente neste dia de greve fria", lê-se num comunicado do movimento distribuído nas redacções pelo Grupo de Acção e Intervenção Ambiental (GAIA).

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"Ocupamos um edifício da CML para recriar nele valor social, oferecendo sopa quente neste dia de greve fria", lê-se num comunicado do movimento distribuído nas redacções pelo Grupo de Acção e Intervenção Ambiental (GAIA).

Segundo os activistas, "em Portugal existem mais de 300.000 fogos vazios e Lisboa tem 4600 fogos vazios considerados devolutos e que, se estivessem ocupados, dariam para acolher mais de 25 mil pessoas, muitos dos quais pertencem à Câmara Municipal de Lisboa ou à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa".

Caso resistissem na "casa do grevista", como chamam ao prédio ocupado, hoje à noite voltaria a haver distribuição de sopa. "Iremos oferecer sopa a qualquer pessoa que a deseje e que apareça neste espaço que agora se recupera, numa perspectiva de partilha humana de recursos, solidariedade e construção comunitária de alternativas, seja económica seja social."

Mas a polícia frustrou as intenções e agora o jantar popular que estava pensado para o local será "distribuído em frente à esquadra onde se encontram os detidos (no Comando da Polícia Municipal de Lisboa na Praça de Espanha) e haverá uma vigília em solidariedade", informa o GAIA.

O comandante André Gomes explicou à Lusa que a natureza dos supostos crimes são de natureza semi-pública, pelo que a autarquia terá de apresentar queixa, durante um período de seis meses, para os detidos serem presentes a um tribunal de pequena instância. Caso não exista queixa, os suspeitos ficam identificados.

Notícia actualizada às 18h35