Jorge Jesus "não merece as críticas agressivas", diz Villas-Boas

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André Villas-Boas defendeu Jorge Jesus Murad Sezer/Reuters

“É ter memória curta em relação a um homem que na época passada representava a mística e a força benfiquista e cuja equipa jogava um futebol de sonho, de qualidade e ataque”, sublinhou André Villas-Boas.

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“É ter memória curta em relação a um homem que na época passada representava a mística e a força benfiquista e cuja equipa jogava um futebol de sonho, de qualidade e ataque”, sublinhou André Villas-Boas.

O treinador insurgiu-se ainda com “curiosidade e suspeição” à revelação de que o objetivo do Benfica, num aparente “baixar de braços” após a goleada sofrida no Dragão (5-0), passava agora pelo segundo lugar.

André Villas-Boas desconfia desta tomada de posição de vários responsáveis do Benfica, que, na sua óptica, considera errada, dada a grandeza do clube, e entende que o gesto é atirar areia para os olhos das pessoas. “Isso é menosprezar quem trabalha todos os dias”, defendeu Villas-Boas, considerando que quem defende esta posição pretende “enganar as pessoas, mas não engana ninguém. As pessoas do futebol não andam a dormir”.

André Villas-Boas considera que “tentar deitar abaixo Jorge Jesus por vias travessas não é genuíno” e que o treinador do Benfica “não merece as críticas agressivas e de choque que lhe têm sido feitas”.

Ainda sobre os 5-0 ao Benfica, e questionado sobre o clima de euforia no plantel, Villas-Boas ironizou com a forma como foram desenvolvidas as análises ao jogo de domingo no Dragão, da 10.ª jornada da Liga. “A onda não chega a ser criada pelo simples facto de o FC Porto apenas ter ganho por demérito do adversário”, adiantou o treinador, considerando uma “insanidade de disparates que não fazem sentido nenhum”.

Para Villas-Boas, houve uma “clara tentativa de pôr demérito no que o FC Porto alcançou”, culpabilizando o Benfica, e recorda que “ganhar 5-0 a um campeão nacional em título não é um resultado normal”. “Este resultado devia ter o mesmo tipo de preponderância e destaque que o 6-2 do Barcelona ao Real Madrid”, defendeu o treinador, recordando que o FC Porto ganhou ao super-Benfica da pré-temporada e da Supertaça. Uma equipa forte, que na mesma semana tinha estado a ganhar 4-0 ao Lyon”.