Jacques de Larosière: o FMI não fazia melhor que o proposto no Orçamento
Durante a conferência “A actividade financeira e o novo modelo de supervisão”, promovida em Lisboa pelo BPI Pensões, Larosière disse que estava “surpreendido com as medidas do Orçamento” e que “é preciso dar tempo para que os mercados as digiram”.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Durante a conferência “A actividade financeira e o novo modelo de supervisão”, promovida em Lisboa pelo BPI Pensões, Larosière disse que estava “surpreendido com as medidas do Orçamento” e que “é preciso dar tempo para que os mercados as digiram”.
“O FMI não fazia melhor”, disse também Larosière, que de momento preside ao Comité de Estratégia do Tesouro de França. “Portugal está a fazer muito bem o trabalho, está a fazer as coisas certas. O FMI não faria muito mais”, disse ainda.
No que toca à pressão dos investidores sobre a dívida pública portuguesa, que tem levado os juros para níveis elevados, Larosière, que liderou o FMI entre 1978 e 1987, disse que “o mercado precisa de tempo para perceber a extensão das medidas”, reforçando que “o mercado está sempre um passo atrás”.