Governo alarga prazo para propostas de compra do BPN até 30 de Novembro

Esta prorrogação “salvaguarda o objectivo de fomento da concorrência na operação de alienação”, adiantou o comunicado do Conselho de Ministros.

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Esta prorrogação “salvaguarda o objectivo de fomento da concorrência na operação de alienação”, adiantou o comunicado do Conselho de Ministros.

O documento esclarece também que o pedido de prorrogação foi efectuado pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), que ficou com a gestão do banco depois da sua nacionalização, mas nada refere quanto ao facto de o concurso, cujo prazo inicial terminou a 30 de Setembro, ter ficado deserto.

Embora pelo menos três instituições tenham levantado o caderno de encargos (Montepio Geral, Barclays e BIC Angola), nenhuma delas apresentou uma proposta formal de compra.

Segundo explicaram ao PÚBLICO fontes de mercado, as condições da privatização – com a qual o Governo quer encaixar no mínimo 180 milhões de euros – eram demasiado "complexas", além de terem uma “cláusula” considerada desencorajadora de ofertas, que é a recomendação de manter os cerca de dois mil postos de trabalho do BPN.

Uma recomendação que, de resto, foi feita sempre que houve pedidos de esclarecimento das entidades que levantaram o caderno de encargos.

Trata-se de uma inibição que pretende evitar que o futuro comprador avance para um processo de despedimento colectivo, mas que afasta potenciais interessados nos 230 balcões do BPN.

Do mesmo modo, há quem admita que os clientes mais rentáveis do banco tenham sido já transferidos para a CGD, o que torna o seu portfolio menos atractivo.