Três franceses raptados em campo petrolífero na Nigéria

As autoridades francesas estão em contacto com as homólogas nigerianas, os responsáveis da empresa Bourbon, para a qual trabalhavam os três sequestrados, e as respectivas famílias, fez saber um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros citado pelo Le Monde.

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As autoridades francesas estão em contacto com as homólogas nigerianas, os responsáveis da empresa Bourbon, para a qual trabalhavam os três sequestrados, e as respectivas famílias, fez saber um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros citado pelo Le Monde.

Colocada de parte está a hipótese de um ataque terrorista. O ministro da Defesa, Hervé Morin, afirmou tratar-se de “um acto de pirataria clássico”, lembrando à estação de televisão France 2 que, no ano passado, ocorreram “perto de uma centena de actos” semelhantes na mesma região, no golfo da Guiné.

O navio Bourbon-Alexandre foi atacado por vários barcos rápidos. Dos 16 tripulantes, apenas 13 ficaram a bordo, sendo apenas conhecida a nacionalidade dos três que foram raptados.

Centenas de empregados do sector petrolífero no Sul da Nigéria já sofreram com a actuação de grupos armados na região, desde 2006.

Há dois anos, funcionários da Bourdon, empresa especializada no fornecimento de serviços Às companhias petrolíferas, foram vítimas de raptos na mesma zona. E já em Março deste ano, as instalações do grupo francês Total foram ameaçadas pelo principal grupo de rebeldes, o Movimento para a Emancipação do golfo da Nigéria (MEND).

Os rebeldes dizem lutar por uma melhor repartiação dos lucros da exploração petrolífera na região, afirmando que as populações locais pouco recebem por uma actividade que polui as águas do golfo e destrói os seus meios de subsistência.