Naval resistiu a quase tudo menos ao penálti de Hulk

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Hulk marcou o único golo no triunfo do FC Porto Rafael Marchante/Reuters

O treinador do FC Porto, André Villas-Boas, não fez alterações na equipa, colocando em campo os mesmos onze que tinham alinhado de início na Supertaça. No entanto, a impressão não foi tão positiva como há uma semana e os “dragões” sentiram dificuldades frente ao meio-campo muito pressionante da Naval.

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O treinador do FC Porto, André Villas-Boas, não fez alterações na equipa, colocando em campo os mesmos onze que tinham alinhado de início na Supertaça. No entanto, a impressão não foi tão positiva como há uma semana e os “dragões” sentiram dificuldades frente ao meio-campo muito pressionante da Naval.

A equipa figueirense entrou em campo com várias novidades relativamente ao ano passado: desde logo no banco de suplentes, com a estreia do treinador francês Victor Zvunka na Liga portuguesa. E no “onze” inicial surgiram seis reforços: Salin na baliza, Jonathas e Rogério na defesa, João Pedro e Hugo Machado no meio-campo e Previtali no ataque.

O meio-campo da Naval, povoado com uma linha de cinco homens, recuperava rapidamente a bola e não deixava o FC Porto jogar. Sintomaticamente, o primeiro remate dos “dragões” surgiu apenas aos 21’: Falcao, de cabeça, falhou a baliza após cruzamento de Belluschi.

O árbitro errou logo a seguir, quando mandou continuar a partida após uma queda de João Pedro na área do FC Porto, numa disputa com Álvaro Pereira, já que houve um toque do defesa portista. Aos 25’ assistiu-se ao melhor lance da primeira parte, com Belluschi a rematar na cobrança de um livre e Salin a corresponder com uma grande defesa.

O FC Porto regressou do intervalo disposto a desfazer o nulo no marcador e para isso contou com Hulk a grande nível. As oportunidades foram-se sucedendo: Hulk (56’, 68’) e Belluschi (58’ e 60’) ameaçaram Salin. Porém, seria a Naval a estar muito perto do golo, quando aos 78’ Previtali surgiu isolado. No entanto, o avançado francês perdeu muito tempo e permitiu o desarme de Álvaro Pereira.

E quando a equipa da casa já se preparava para saborear um ponto na primeira jornada, um disparate de Jonathas deitou tudo a perder. O defesa colocou a mão na bola, dentro da área, e na cobrança da grande penalidade Hulk não deu hipóteses a Salin. Após 83 minutos de resistência, a Naval terminou o jogo de mãos vazias.

POSITIVO

Hulk


Fez uma grande exibição, tendo sido decisivo para a vitória do FC Porto. As suas arrancadas pela esquerda provocaram quase sempre perigo e marcou o único golo do jogo.


Salin


O guarda-redes francês da Naval não merecia sair derrotado. Fez uma boa exibição e já pouca gente na Figueira se deve lembrar de Peiser.


NEGATIVO

Jonathas


A estreia até lhe estava a correr bem, mas deitou tudo a perder ao colocar a mão na bola, cedendo o penálti que deu a vitória ao FC Porto.


Ficha de jogo

Jogo no Estádio Municipal José Bento Pessoa, na Figueira da Foz.


Assistência 4.972 espectadores.


Naval 1.º Maio

Salin 7, Carlitos 6, Lupède 6, Rogério Conceição 5, Jonathas 4, Godemèche 6, Alex Hauw 6, João Pedro 6, Hugo Machado 6 (Giuliano -, 72’), Marinho 5 (Camora 5, 60’) e Previtali 5 (Edivaldo -, 81’). Treinador Victor Zvunka.

FC Porto

Helton 7, Sapunaru 5, Rolando 6, Maicon 6, Álvaro Pereira 7, Fernando 6, João Moutinho 7 (Sousa -, 86’), Belluschi 6 (Rodríguez 6, 73’), Hulk 7, Falcao 7 e Varela 6 (Guarín 5, 60’). Treinador André Villas-Boas.

Árbitro

Paulo Baptista 5, de Portalegre.

Amarelos

Rogério Conceição (28’), João Moutinho (44’), Carlitos (63’), Hulk (66’), Guarín (74’) e Jonathas (82’).

Golo

0-1, por Hulk (g.p.), aos 83’.

Notícia actualizada às 22h40