Alemanha espera baixar défice para três por cento do PIB já em 2012

O Governo alemão espera um défice orçamental de 4,5 por cento para este ano, de quatro por cento em 2011, de três por cento em 2012 e de dois por cento para 2013, adiantou a mesma fonte.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O Governo alemão espera um défice orçamental de 4,5 por cento para este ano, de quatro por cento em 2011, de três por cento em 2012 e de dois por cento para 2013, adiantou a mesma fonte.

Até 2014, o défice deverá descer para 1,5 por cento, graças ao plano de austeridade, que inclui cortes orçamentais de quase 82 mil milhões de euros, nos próximos quatro anos, e à retoma da economia.

Berlim comprometeu-se junto da Comissão Europeia a baixar o défice orçamental para três por cento em 2013, tal como os restantes países da zona euro.

“Segundo os dados de que dispomos, poderemos alcançar essa meta mais cedo”, revelou o Ministério das Finanças.

Já no que toca à percentagem da dívida pública em relação ao produto interno bruto (PIB), a maior economia europeia deverá continuar a falhar o objectivo traçado no Pacto de Estabilidade e Crescimento, que impõe um limite de 60 por cento.

Este indicador, que em 2010 será de 78 por cento, deverá aumentar para 80 por cento até 2014, segundo as actuais previsões do executivo.

Actualmente, a dívida pública alemã ascende a 1,7 biliões de euros (1700 mil milhões de euros).

Para 2010, o Governo espera um aumento da dívida da ordem dos 65 mil milhões de euros, para o próximo ano de 57,5 mil milhões de euros, e em 2014 o novo endividamento deverá atingir um máximo de 24 mil milhões de euros.

A partir de 2016, o aumento da dívida alemã não poderá ultrapassar 0,35 por cento do PIB (cerca de 10 mil milhões de euros) por ano, devido a um novo imperativo constitucional, o chamado “travão” da dívida.