D. José Policarpo: colocação de crucifixos nas escolas deve respeitar vontade das comunidades
“A existência de crucifixos nas escolas é uma questão que deve ser vista com sentido de respeito pelas comunidades” afirmou D. José Policarpo em Caldas da Rainha, onde inaugurou um centro escolar. “A dimensão religiosa faz parte da compreensão global das nossa cultura” disse o Cardeal, recordando que “ao longo dos tempos, sobretudo no século XX, durante o Estado Novo e depois, nem a igreja nunca exigiu isso, nem o Governo nunca o proibiu”.
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“A existência de crucifixos nas escolas é uma questão que deve ser vista com sentido de respeito pelas comunidades” afirmou D. José Policarpo em Caldas da Rainha, onde inaugurou um centro escolar. “A dimensão religiosa faz parte da compreensão global das nossa cultura” disse o Cardeal, recordando que “ao longo dos tempos, sobretudo no século XX, durante o Estado Novo e depois, nem a igreja nunca exigiu isso, nem o Governo nunca o proibiu”.
A colocação de crucifixos nas salas de aulas das escolas do país, “acabou por ser espontânea e por ser sempre um pouco ao nível da decisão da comunidade local” sustentou D. José Policarpo, defendendo que nessa matéria se respeite “a vontade dos pares e das comunidades onde estão inseridos”.
Defensor de que a colocação ou não dos crucifixos nas escolas seja feita “com discernimento”, D. José Policarpo apelou ainda a que “as autoridades não caiam em exageros, como se caiu em Itália recentemente, em que por causa de uma pessoa faz-se um processo que vai até ao Parlamento Europeu”.
O cardeal falava em Alvorninha (concelho das Caldas da Rainha), freguesia de onde é natural e onde inaugurou ao final da tarde um centro escolar para alunos do pré-escolar e primeiro ciclo.