FNE satisfeita com regime transitório de avaliação de professores de português no estrangeiro

Em declarações à agência Lusa depois de uma reunião no Ministério dos Negócios Estrangeiros, João Dias da Silva, dirigente da FNE, indicou que o processo de avaliação deverá começar com a entrega por parte dos professores da sua auto-avaliação até ao fim do mês de Abril.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Em declarações à agência Lusa depois de uma reunião no Ministério dos Negócios Estrangeiros, João Dias da Silva, dirigente da FNE, indicou que o processo de avaliação deverá começar com a entrega por parte dos professores da sua auto-avaliação até ao fim do mês de Abril.

João Dias da Silva afirmou que é necessário um regime transitório para este ano porque “só agora foi decidido o regime global de avaliação de desempenho dos professores” e também porque “só recentemente entrou em vigor o decreto-lei relativo ao enquadramento dos professores de português no estrangeiro”.

O regime terá um “carácter muito simplificado” e questões que entram no modelo de avaliação global tiveram um “tratamento específico”, afirmou.

“Parece-nos satisfatória esta solução”, disse, porque “não são tidos em linha de conta aspectos que não podiam ser considerados porque não foram disponibilizados aos professores”.

“A oferta de formação contínua não foi realizada pelo Estado português e em muitas circunstâncias não houve oportunidade de [os professores] desenvolverem actividades extracurriculares”, indicou.

A avaliação dos docentes de português no estrangeiro será feita por “uma comissão” que integra o coordenador do ensino de português da área em questão, um professor por si designado e um outro professor do mesmo grau de ensino do professor avaliado.

“É uma avaliação que depende de uma comissão e que tem um carácter muito simplificado” reiterou, afirmando que tem a ver essencialmente com a auto-avaliação e os registos da actividade que o professor desenvolveu com os seus alunos.