Portugal exportou mais fármacos do que vinho do Porto em 2008
“Em 2008, as exportações de medicamentos ultrapassaram os 400 milhões de euros, o que significa que o país exportou mais medicamentos do que, por exemplo, vinho do porto, que os portugueses normalmente identificam como um dos principais produtos de exportação”, disse à agência Lusa Manuel Pizarro.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
“Em 2008, as exportações de medicamentos ultrapassaram os 400 milhões de euros, o que significa que o país exportou mais medicamentos do que, por exemplo, vinho do porto, que os portugueses normalmente identificam como um dos principais produtos de exportação”, disse à agência Lusa Manuel Pizarro.
Os dados de exportação dos medicamentos em 2009 ainda não estão apurados, mas “presumivelmente ter-se-ão mantido”, adiantou o secretário de Estado à margem da VI conferência “Indústria Farmacêutica: O desenvolvimento pela inovação em saúde”, que decorreu em Lisboa.
Para Manuel Pizarro, Portugal só poderá afirmar-se no futuro, na actual conjuntura globalizada, se fizer “uma enorme aposta na conversão da sua economia para uma economia baseada no conhecimento, na investigação e na inovação”.
“É isso que tem vindo a acontecer ao longo dos últimos anos”, sublinhou, lembrando que, pela primeira vez em 2007, a despesa em investigação e desenvolvimento ultrapassou um por cento do Produto Interno Bruto (1,38 por cento) e, em 2008, subiu para 1,51 por cento.
“Mais de metade desse investimento foi feito por privados, o que é muito importante, porque também acrescenta solidez a este desenvolvimento da área da investigação em Portugal”, sustentou à Lusa.
Manuel Pizarro sublinhou que tem de haver uma “mudança na incorporação de valor nos produtos” que são produzidos e exportados, sendo os medicamentos exemplo disso.
“Seria absolutamente errado que o contexto de crise em que estamos fizessem inverter uma trajectória que ao longo dos últimos anos foi contribuindo para essa mudança estrutural da economia portuguesa”, acrescentou.