Equipa portuguesa com ajuda humanitária deverá aterrar à meia-noite no Haiti

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A OMS estima que o sismo causou entre 40 mil a 50 mil mortos Carlos Barria/Reuters

“Chegados lá vamos ter de estabelecer contactos com o centro de coordenação das Nações Unidas para receber informações”, explicou Elísio Oliveira. Em Port-au-Prince, devastada pelo forte sismo de terça-feira, que provocou um número indeterminado de mortos, a equipa portuguesa, com cerca de 30 elementos, irá fazer o reconhecimento do local, sendo que a grande preocupação neste momento é a segurança.

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“Chegados lá vamos ter de estabelecer contactos com o centro de coordenação das Nações Unidas para receber informações”, explicou Elísio Oliveira. Em Port-au-Prince, devastada pelo forte sismo de terça-feira, que provocou um número indeterminado de mortos, a equipa portuguesa, com cerca de 30 elementos, irá fazer o reconhecimento do local, sendo que a grande preocupação neste momento é a segurança.

“Independentemente da presença dos Estados Unidos, a situação é ainda complexa” alertou o coordenador da missão durante o briefing realizado esta tarde com toda a equipa portuguesa, a quem pediu “humildade” e “muita atenção na forma como lidar com todo o processo”. A missão da equipa portuguesa consiste em montar, na capital haitiana, um campo para alojamento de emergência temporário e com equipamento para intervenção médica.

O coordenador da missão portuguesa lembrou que “existe no terreno grande necessidade de tendas para alojar pessoas”. Neste momento, ainda não é conhecido o local onde a equipa portuguesa vai montar o acampamento. “O primeiro ponto de abrigo é o aeroporto” de onde os elementos da missão portuguesa só deverão sair quando tiverem informações do local onde será possível montar o acampamento.

Também ainda não é possível precisar o número de pessoas que poderão ser apoiadas no campo português, uma vez que a capacidade depende do tipo de situações que aparecerem: assistência aos feridos, dar auxílio a pessoas em trânsito ou acolher famílias que vão permanecer no campo, explicou Elísio Oliveira. Amanhã deverá sair de Lisboa mais um avião com mais equipamento de ajuda humanitária, nomeadamente com mais tendas e equipamentos necessários para a intervenção médica do INEM.

O avião da Força Aérea Portuguesa Hércules C-130 com ajuda humanitária portuguesa destinada ao Haiti chegou às 05h00 de Lisboa a Bridgetown, capital dos Barbados, onde aguarda autorização para aterrar no aeroporto haitiano de Port-au-Prince. Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), hoje divulgadas, revelam que o sismo causou entre 40 mil a 50 mil mortos.