Suíça: mais de 57 por cento da população votou contra minaretes nas mesquitas

Foto
Há alguns dias, só 37 por cento das pessoas consultadas pela televisão DRS se diziam dispostas a apoiar a proibição Dario Bianchi/REUTERS

O maior partido nacional, o Partido do Povo da Suíça (SVP, segundo as iniciais em alemão), alega que os minaretes ou torres erguidos no topo dos templos muçulmanos são um símbolo do islão militante.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O maior partido nacional, o Partido do Povo da Suíça (SVP, segundo as iniciais em alemão), alega que os minaretes ou torres erguidos no topo dos templos muçulmanos são um símbolo do islão militante.

O SVP, que é contra a forte imigração existente neste país europeu de 7,6 milhões de habitantes, crê que as torres a partir das quais os crentes são normalmente chamados à oração, nos países muçulmanos, representam uma reivindicação político-religiosa de se alcançar mais poder.

No entanto, das 180 mesquitas existentes na Suíça, para servir uma comunidade de 400.000 muçulmanos, só quatro é que têm minaretes; e nenhum deles está a ser actualmente utilizado para o apelo à oração.

Alguns dias antes desta ida às urnas, apenas 37 por cento das pessoas consultadas pela televisão estatal DRS se diziam dispostas a apoiar a proibição dos minaretes.

Os primeiros resultados vão no sentido de que a votação favorável às pretensões da extrema-direita foi essencialmente nos cantões de língua alemã, enquanto nos de língua francesa se votou preferencialmente contra.

O Governo de Berna pedira à população que votasse contra a proposta apresentada, pois que isso causaria “incompreensão no estrangeiro e prejudicaria a imagem da Suíça”.