Tribunal liberta Roman Polanski mediante caução de três milhões de euros
A libertação não tem efeitos imediatos porque o Ministério da Justiça do país ainda não decidiu se vai recorrer desta decisão para o Tribunal Federal de Lausanne, a mais alta instância judiciária da Suíça.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A libertação não tem efeitos imediatos porque o Ministério da Justiça do país ainda não decidiu se vai recorrer desta decisão para o Tribunal Federal de Lausanne, a mais alta instância judiciária da Suíça.
"O tribunal de Bellinzone decidiu aprovar o recurso contra a nossa decisão de 30 de Outubro" de não permitir a libertação de Roman Polanski, explicou o porta-voz do Ministério da Justiça, M. Folco Galli, em declarações à agência AFP.
O recurso, apresentado pela defesa do realizador no passado dia 3, contestava a argumentação do Ministério da Justiça, que negou a libertação por perigo de fuga.
Polanski, hoje com 76 anos, foi detido em 1978 por ter mantido relações sexuais com uma adolescente de 13 anos. Segundo a acusação, o realizador ofereceu álcool e drogas à jovem, durante uma sessão de fotografias na casa do actor Jack Nicholson, em Hollywood.
O cineasta arriscava uma pena de prisão perpétua, mas fugiu para França antes de conhecer o veredicto.
Desde então, Polanski tem tentado garantir o arquivamento do processo, alegando que a relação foi consentida e que o juiz (que entretanto morreu) não conduziu bem o caso.
As autoridades norte-americanas retiraram o visto a Polanski e há 30 anos que o realizador não vai aos Estados Unidos.