Líder da comunidade judaica diz que Saramago não conhece a Bíblia

Saramago afirmou, em entrevista à Lusa, que “a Bíblia é um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana”. “Na Igreja Católica não vai causar problemas porque os católicos não lêem a Bíblia, só a hierarquia, e eles não estão para se incomodar com isso. Admito que o livro possa incomodar os judeus, mas isso pouco me importa”, disse.
Em declarações hoje à agência Lusa, o rabino disse que o escritor José Saramago “não conhece a Bíblia nem a sua exegese”, fazendo “leituras superficiais das narrativas da Bíblia”. Eliezer di Martino garantiu que o “mundo judaico não se vai escandalizar pelo que escreve o senhor Saramago ou qualquer outro”.

“Continuamos a existir e a acreditar naquele livro [Bíblia] desde há milhares de anos, embora tenhamos ataques e perseguições precisamente por acreditarmos.Vamos continuar na nossa fé sem ter a mínima dúvida daquilo que vai ser o nosso caminho, apesar do livro do senhor Saramago e daqueles que pensam como ele”, referiu.

O responsável pela comunidade judaica de Lisboa admitiu que ainda não leu o livro, considerando “inútil” dar muita importância à polémica em volta da nova obra do Nobel da Literatura. “Temos milhões de autores que fazem um esforço enorme para falar mal da religião e sobretudo das religiões bíblicas”, afirmou.

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Saramago afirmou, em entrevista à Lusa, que “a Bíblia é um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana”. “Na Igreja Católica não vai causar problemas porque os católicos não lêem a Bíblia, só a hierarquia, e eles não estão para se incomodar com isso. Admito que o livro possa incomodar os judeus, mas isso pouco me importa”, disse.
Em declarações hoje à agência Lusa, o rabino disse que o escritor José Saramago “não conhece a Bíblia nem a sua exegese”, fazendo “leituras superficiais das narrativas da Bíblia”. Eliezer di Martino garantiu que o “mundo judaico não se vai escandalizar pelo que escreve o senhor Saramago ou qualquer outro”.

“Continuamos a existir e a acreditar naquele livro [Bíblia] desde há milhares de anos, embora tenhamos ataques e perseguições precisamente por acreditarmos.Vamos continuar na nossa fé sem ter a mínima dúvida daquilo que vai ser o nosso caminho, apesar do livro do senhor Saramago e daqueles que pensam como ele”, referiu.

O responsável pela comunidade judaica de Lisboa admitiu que ainda não leu o livro, considerando “inútil” dar muita importância à polémica em volta da nova obra do Nobel da Literatura. “Temos milhões de autores que fazem um esforço enorme para falar mal da religião e sobretudo das religiões bíblicas”, afirmou.