Clima: Conselho de Ministros das Maldivas vai reunir-se debaixo de água

Foto
Actualmente, 80 por cento do arquipélago das Maldivas está a menos de um metro acima do nível do mar Anuruddha Lokuhapuarachchi/Reuters (arquivo)

Segundo a BBC online, o Presidente Mohamed Nasheed e os ministros vão assinar um documento, durante aquela reunião, para apelar aos líderes mundiais que reduzam as suas emissões. Nasheed vai dar uma conferência de imprensa subaquática.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Segundo a BBC online, o Presidente Mohamed Nasheed e os ministros vão assinar um documento, durante aquela reunião, para apelar aos líderes mundiais que reduzam as suas emissões. Nasheed vai dar uma conferência de imprensa subaquática.

Um conselheiro do Presidente, sob anonimato, explicou que os ministros vão comunicar através de sinais e bloco e canetas à prova de água. “Obviamente, os gestos que os mergulhadores poderão fazer para comunicar são limitados. Por isso, a quantidade de trabalho que o Conselho de Ministros poderá conseguir também será limitado”. “Mas vai apelar a todas as nações – ricas e pobres, desenvolvidas e em desenvolvimento – para levarem as alterações climáticas a sério”.

Este responsável disse também que cada ministro será acompanhado por um instrutor de mergulho e um militar. Além disso, acrescentou, os tubarões daquela zona “são amigáveis”.

Todos os ministros menos um, cuja saúde não permite o mergulho, tiveram formação numa base militar de uma das muitas ilhas do país.

Actualmente, 80 por cento do arquipélago das Maldivas está a menos de um metro acima do nível do mar e, por isso, está extremamente vulnerável à subida das águas como resultado das alterações climáticas. Nasheed já alertou que toda a nação poderá ser obrigada a encontrar nova casa se os oceanos subirem como prevê a ONU.