Quadro de Magritte roubado em pleno dia

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Olympia era o quadro mais valioso do museu, que inaugurou em Junho Francois Lenoir/Reuters

O quadro, intitulado Olympia, de 1948 e representando uma mulher nua reclinada com uma concha em cima da barriga, estava exposto num pequeno museu instalado na casa de Bruxelas em que o pintor viveu mais tempo - entre 1930 e 1954 - e onde pintou grande parte das suas obras.

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O quadro, intitulado Olympia, de 1948 e representando uma mulher nua reclinada com uma concha em cima da barriga, estava exposto num pequeno museu instalado na casa de Bruxelas em que o pintor viveu mais tempo - entre 1930 e 1954 - e onde pintou grande parte das suas obras.

Este museu, independente - e concorrente - do grande museu Magritte inaugurado igualmente em Bruxelas em Junho deste ano, tem a particularidade de só aceitar visitas por reserva prévia e com hora marcada.

De acordo com os relatos das testemunhas e da polícia, os dois ladrões "de tipo asiático", falando um francês e o outro inglês, apresentaram-se ontem de manhã no museu logo após a abertura, às 10 horas locais.

Não tendo hora marcada, pediram para visitar o museu ao mesmo tempo que os dois turistas japoneses presentes. Mal entraram, um deles sacou da pistola e obrigou os turistas e os três empregados presentes a deitar-se no chão do jardim da casa, enquanto o outro galgava a parede de vidro de um metro e meio que separa o público do quadro para o apanhar.

Segundo a polícia, os dois ladrões, que operaram de "cara destapada", fugiram de carro sem ter disparado qualquer tiro. Nenhum dos presentes foi ferido, mas todos reconheceram estar em estado de choque.

René Magritte, que viveu entre 1898 e 1967, é um dos pintores mais relevantes do movimento surrealista. A sua obra é conhecida sobretudo pelas telas que reproduzem o céu de Bruxelas sobre vários motivos - incluindo uma pomba de asas abertas -, homens de fato escuro suspensos no ar, o homem de maçã verde na cara ou o cachimbo sob o título "isto não é um cachimbo".

Para o Olympia, o quadro mais valioso do pequeno museu e cujo modelo foi a sua mulher, Georgette Magritte, o pintor inspirou-se numa tela de Edouard Manet, lembra a agência France Presse.