CDS aplaude adiamento para a próxima legislatura da lei de testamento vital

"Passar a questão para a próxima legislatura é a posição mais correcta e que o CDS já tinha defendido", disse à Lusa Paulo Portas.

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"Passar a questão para a próxima legislatura é a posição mais correcta e que o CDS já tinha defendido", disse à Lusa Paulo Portas.

A deputada socialista Maria de Belém Roseira disse hoje que o diploma sobre os direitos dos doentes à informação e ao consentimento informado, conhecida como lei de testamento vital, foi adiado devido à falta de um parecer e por falta de tempo nesta legislatura.

O líder do CDS-PP referiu também que "já tinha defendido que uma boa lei de testamento vital tem de ser feita com tempo e humanidade, ou seja, deve ser eticamente consistente, ter rigor técnico e reunir consenso científica".

Para Paulo Portas, "essas condições não se dão a sete dias de sessão legislativa fechar, sem terem sido emitidos pareceres fundamentais e sendo reconhecido que a proposta apresentada é bastante melhorável".

"Legislar sobre o testamento vital e necessariamente legislar à pressa e sem ouvir quem tem de ser ouvido seria um erro", defendeu.

Paulo Portas justificou ainda a posição do partido reafirmando que é contra a eutanásia e "empenhadamente a favor do investimento nos cuidados paliativos", acrescentando que Portugal tem apenas 10 por cento das camas e equipas que precisava.

Referiu igualmente que não é favorável ao "chamado encarniçamento terapêutico, na medida em que é desumano".

"Trabalharemos na próxima legislatura para que a questão do testamento vital seja bem legislada com cuidado, rigor e consenso", acrescentou.