Presidente das Honduras foi levado para a Costa Rica após golpe de Estado dos militares

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Apoiantes de Zelaya tentaram impedir movimentações das tropas EDGARD GARRIDO/Reuters

Depois pediu ao presidente norte-americano Barack Obama para esclarecer se há envolvimento dos Estados Unidos no golpe. “Se Washington não apoia este golpe pode impedir o ataque contra o nosso povo e a nossa democracia”, adiantou.Obama já disse estar “muito preocupado” com a situação nas Honduras e um responsável da Casa Branca disse à agência Reuters que "não houve qualquer envolvimento dos Estados Unidos nesta acção contra o Presidente Zelaya". A detenção do Presidente também foi condenada pela União Europeia e pela Organização dos Estados Americanos.

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Depois pediu ao presidente norte-americano Barack Obama para esclarecer se há envolvimento dos Estados Unidos no golpe. “Se Washington não apoia este golpe pode impedir o ataque contra o nosso povo e a nossa democracia”, adiantou.Obama já disse estar “muito preocupado” com a situação nas Honduras e um responsável da Casa Branca disse à agência Reuters que "não houve qualquer envolvimento dos Estados Unidos nesta acção contra o Presidente Zelaya". A detenção do Presidente também foi condenada pela União Europeia e pela Organização dos Estados Americanos.

O principal aliado regional de Zelaya, o homólogo venezuelano Hugo Chávez, já denunciou “um golpe de Estado” nas Honduras e apelou ao Presidente norte-americano Barack Obama para que condenasse a detenção do Presidente. “Os militares foram usados para fazer um golpe de Estado como a América Latina conheceu tantos em cem anos, contra um povo e um Presidente que estava apenas a organizar uma consulta popular”, disse Chávez numa declaração à estação de televisão Telesur, em Caracas. O golpe foi também condenado pelo Presidente da Bolívia, Evo Morales.

Zelaya foi detido pelos militares depois de ter insistido na realização de um referendo, hoje, para alterar a Constituição e poder concorrer a um novo mandato. A consulta popular foi considerada ilegal pelo Tribunal Constitucional e hoje os militares foram buscar Zelaya a casa para o conduzir a uma base militar.

Na sexta-feira o próprio Presidente hondurenho tinha ocupado uma base militar, juntamente com um grupo de apoiantes, para resgatar as urnas destinadas à realização do escrutínio, e nesse mesmo dia o Parlamento avaliou a possibilidade de destituir o Presidente. Nas Honduras, a Constituição apenas permite ao Presidente exercer um mandato de quatro anos, e só uma alteração constitucional permitirá a Zelaya, eleito em 2006, voltar a concorrer para nova presidência.