Two Suns

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Ela, britânica de 29 anos de ascendência paquistanesa, diz que foi inspirador ter estado nos últimos tempos em Brooklyn, N.Y. - mais uma, pois então - convivendo com grupos como os TV On The Radio, Gang Gang Dance ou Yeasayer. Percebe-se onde quer chegar. O seu álbum não respira, sonicamente, nenhuma influência directa desses grupos, mas revela horizontes mais ricos e inventivos do que no primeiro disco, sem deixar de lado uma concepção e sensibilidades pop. Tal como outros discos, lançados este ano, por mulheres (Telephate, School Of Seven Bells ou Fever Ray) existe em Bat For Lashes um apetite por se mover naquele tipo de campo onde o consciente e o inconsciente se confrontam, cenário fantasmagórico de imagens enigmáticas, rituais tão urbanos quanto medievais, climas coloridos e uma sonoridade entre a música de câmara, a pop barroca e a electrónica expressionista. No último tema, "The big sleep", oração fúnebre com piano em fundo, a voz do veterano Scott Walker faz-se ouvir por breves momentos, iluminando um disco que contempla canções inspiradas por motivos muito diferentes como a pop electrónica ("Daniel"), o blues ancestral ("Peasse of mind"), a dança ritualista ("Sleep alone") ou os encantos etéreos ("Siren song"), sempre unidas pela voz polivalente de Khan, mulher-orquestra que, ao segundo álbum, se afirma definitivamente.

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Ela, britânica de 29 anos de ascendência paquistanesa, diz que foi inspirador ter estado nos últimos tempos em Brooklyn, N.Y. - mais uma, pois então - convivendo com grupos como os TV On The Radio, Gang Gang Dance ou Yeasayer. Percebe-se onde quer chegar. O seu álbum não respira, sonicamente, nenhuma influência directa desses grupos, mas revela horizontes mais ricos e inventivos do que no primeiro disco, sem deixar de lado uma concepção e sensibilidades pop. Tal como outros discos, lançados este ano, por mulheres (Telephate, School Of Seven Bells ou Fever Ray) existe em Bat For Lashes um apetite por se mover naquele tipo de campo onde o consciente e o inconsciente se confrontam, cenário fantasmagórico de imagens enigmáticas, rituais tão urbanos quanto medievais, climas coloridos e uma sonoridade entre a música de câmara, a pop barroca e a electrónica expressionista. No último tema, "The big sleep", oração fúnebre com piano em fundo, a voz do veterano Scott Walker faz-se ouvir por breves momentos, iluminando um disco que contempla canções inspiradas por motivos muito diferentes como a pop electrónica ("Daniel"), o blues ancestral ("Peasse of mind"), a dança ritualista ("Sleep alone") ou os encantos etéreos ("Siren song"), sempre unidas pela voz polivalente de Khan, mulher-orquestra que, ao segundo álbum, se afirma definitivamente.