Carlos César defende voto obrigatório em Portugal

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O presidente do Governo Regional dos Açores é também conselheiro de Estado e dirigente nacional do PS Pedro Cunha (arquivo)

“Defendo o voto obrigatório porque, se a democracia não se proteger, quando precisarmos de autoridade democrática, ela será precária e, quando precisarmos de decidir, duvidaremos sempre da legitimidade das decisões”, afirmou Carlos César, num jantar realizado na Casa dos Açores em Winnipeg, no Canadá.

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“Defendo o voto obrigatório porque, se a democracia não se proteger, quando precisarmos de autoridade democrática, ela será precária e, quando precisarmos de decidir, duvidaremos sempre da legitimidade das decisões”, afirmou Carlos César, num jantar realizado na Casa dos Açores em Winnipeg, no Canadá.

Para o presidente do executivo açoriano, também dirigente nacional do PS, esta questão “tem que ser resolvida de uma vez por todas”, defendendo que é necessário “ter a coragem de, democraticamente, defender a nossa democracia”.

No discurso que proferiu perante mais de 500 pessoas que se reuniram na Casa dos Açores nesta cidade canadiana, Carlos César considerou que “deve ser criado um movimento no país para que a obrigatoriedade do voto vigore, tenha protecção constitucional e legal”.

Para Carlos César, que também é membro do Conselho de Estado, desta forma “a democracia será revigorada, transmitindo transparência à vontade do povo português e maior responsabilização à acção dos políticos”.

No mesmo sentido, destacou a importância dos emigrantes açorianos participarem de forma cada vez mais activa na vida política dos seus países de residência. “Um açoriano, se for cidadão canadiano, não é menos cidadão açoriano. Até é mais. Não só é açoriano, como é canadiano, e isso é bom para os Açores, é bom para o Canadá e é bom para todos os cidadãos”, afirmou.

Carlos César tem hoje contactos com as autoridades políticas canadianas em Winnipeg, antes de viajar para Toronto, onde decorrem domingo as comemorações do Dia dos Açores.