Cavaco Silva: “se forem tomadas as decisões certas, a crise será vencida”

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PÚBLICO (arquivo)

"A pior forma de lidar com o presente é perder a esperança no futuro", considerou.

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"A pior forma de lidar com o presente é perder a esperança no futuro", considerou.

Não obstante, Cavaco Silva sublinhou que, num ano em que os portugueses são chamados a participar em três eleições, este "não é um tempo de propostas ilusórias", nem de fazer "promessas fáceis que depois se deixarão por cumprir". "Dizer que a realidade será fácil é faltar à verdade para com os portugueses".

Durante as campanhas, os intervenientes devem promover o "diálogo inter-partidário" e encontrar soluções. O debate deve "concentrar-se na resolução dos grandes problemas que o país enfrenta", sem perder tempo a apontar o dedo a responsabilidades passadas.

Para o Presidente, as questões mais importantes para o país são o "emprego, a segurança, a justiça, a saúde, a educação, a protecção social e o combate à corrupção". Para isso, Cavaco Silva apelou ao "consenso entre partidos", até porque os "portugueses estão cansados de querelas político-partidárias".

Sobre a crise, que "tornou mais nítidas as vulnerabilidades" do país, o Presidente da República disse ainda que é "um dado adquirido e assumido" e que "não pode ser iludida".

Apesar de reconhecer o muito que o país conseguiu nos últimos 35 anos, Cavaco Silva alerta que o país enfrenta o desemprego e o surgimento de um novo grupo, os "novos pobres". "As previsões económicas estão à vista de todos e não podem ser ignoradas".