Casal britânico submete-se a eutanásia na Suíça

Peter Duff, de 80 anos, e a sua mulher, Penelope, de 70, teriam sido o primeiro casal britânico a ter acabado a vida naquela velha clínica helvética, que desde 1940 permite o suicídio assistido, desde que seja por "motivos altruístas".

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Peter Duff, de 80 anos, e a sua mulher, Penelope, de 70, teriam sido o primeiro casal britânico a ter acabado a vida naquela velha clínica helvética, que desde 1940 permite o suicídio assistido, desde que seja por "motivos altruístas".

O casal, da cidade de Bath, no Somerset, tinha dito aos amigos que se iam mudar para uma segunda residência, no Dorset, mas em vez disso seguiram para a clínica Dignitas, onde acabaram por falecer na passada sexta-feira, só agora se tendo sabido disto.

Penelope Duff sofria há mais de 15 anos de uma forma rara de cancro de estômago conhecida por GIST e era devidamente assistida pelo marido, empresário na reforma ao qual acabou por ser diagnosticado um cancro do cólon, que alastrou ao fígado e se tornou terminal.

Ontem à noite a filha do casal, Helena Conibear, de 41 anos, confirmou que os pais decidiram acabar juntos os seus dias, sem terem contado aos amigos que tencionavam dirigir-se para a clínica Dignitas, que se crê que até hoje já teria ajudado mais de uma centena de cidadãos britânicos a morrer de forma assistida.

A eutanásia continua a ser proibida no Reino Unido, de modo que se torna necessário ir ao estrangeiro para a praticar.