Faixa de Gaza: 40 mortos em ataque contra escola da ONU em Jabaliya

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Centenas de palestinianos estão a procurar abrigo nas escolas geridas pela ONU no território Suhaib Salem/Reuters

Testemunhas, citadas pelas agências internacionais, referem que dois morteitos atingiram o recreio da escola gerida pela UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinianos. Na altura, encontravam-se na escola centenas de pessoas que fugiram das suas casas, acreditando que o local estaria a salvo dos bombardeamentos israelitas contra a região.

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Testemunhas, citadas pelas agências internacionais, referem que dois morteitos atingiram o recreio da escola gerida pela UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinianos. Na altura, encontravam-se na escola centenas de pessoas que fugiram das suas casas, acreditando que o local estaria a salvo dos bombardeamentos israelitas contra a região.

Além das vítimas mortais, os projectéis feriram várias dezenas de pessoas, atingidas por estilhaços, dentro e fora do edifício. "Contámos 30 mortos e pelo menos 40 feridos no raide junto à escola de Al-Fakhoura", declarou à AFP o director do hospital Kamal Edwan, adiantando que outras vítimas, incluindo dez mortos, foram transportados para o vizinho hospital de Al-Awdah, igualmente no Norte da Faixa de Gaza.

Horas antes, três palestinianos morreram num raide aéreo israelita contra uma outra escola gerida pela ONU, no campo de refugiados de Chati, nos arredores da cidade de Gaza. Segundo a AFP, as vítimas eram três primos, de 19, 20 e 21 anos, que tinham fugido pouco antes da zona de Beit Lahya, palco nas últimas horas de confrontos entre os soldados israelitas e militantes do Hamas. No momento do ataque, estavam refugiadas 450 pessoas naquela escola, identificada com bandeiras das Nações Unidas.

Estes ataques, elevam para 635 o número de palestinianos mortos desde o início da ofensiva desencadeada por Israel contra a Faixa de Gaza para pôr fim ao disparo de "rockets" contra o seu território. Os serviços de emergência palestinianos adiantam que outros 2900 palestinianos ficaram feridos em 11 dias de ataques.

Do outro lado da fronteira, onde apesar da ofensiva continuam diariamente a cair "rockets", quatro civis foram mortos na última semana e meia e perto de 40 ficaram feridos. Seis militares morreram desde o início da incursão terrestre, três dos quais atingidos por engano por disparos da artilharia israelita.

(Notícia actualizada às 16h06)