Ministro da Cultura destaca papel da requalificação patrimonial como factor de qualificação das pessoas

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Pinto Ribeiro defende que o investimento na cultura é rapidamente reprodutivo porque cria qualificação nas pessoas Pinto Ribeiro (arquivo)

“Não queremos requalificar imóveis para que fiquem vazios, mas para que sejam um factor de interesse para as pessoas, envolvendo-as em actividades que as qualifiquem”, afirmou o ministro.

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“Não queremos requalificar imóveis para que fiquem vazios, mas para que sejam um factor de interesse para as pessoas, envolvendo-as em actividades que as qualifiquem”, afirmou o ministro.

“Os tempos que se avizinham não são fáceis, temos que estar preparados para lidar com os problemas, que são novos e exigem soluções novas”, acrescentou.

Pinto Ribeiro, que falava na inauguração do Centro de Memória de Vila do Conde, instalado no antigo Solar São Sebastião, um edifício do século XVII, frisou que “o investimento na cultura é rapidamente reprodutivo porque cria qualificação nas pessoas”.

Relativamente ao espaço que hoje inaugurou, o ministro da Cultura elogiou a obra de requalificação do edifício e salientou a importância da memória colectiva. “Perdemos a identidade se perdermos a memória, temos que fazer tudo para a preservar”, frisou.

Sete milhões de euros

Por seu lado, o presidente da Câmara de Vila do Conde, Mário de Almeida, salientou que o Centro de Memória é “um edifício emblemático”, destacando a importância do envolvimento estatal para a concretização da obra de requalificação, que rondou os sete milhões de euros.

“Este é um equipamento único no país, que reúne o arquivo municipal, o museu municipal e o centro de pedagogia ambiental”, frisou o autarca socialista.

O Centro de Memória tem patente uma exposição do pintor Júlio, natural de Vila do Conde, que inclui obras das colecções particulares de Mário Soares e Manuel de Oliveira, além de outras cedidas pelas fundações de Serralves e Gulbenkian.

Uma mostra dedicada a São João, padroeiro de Vila do Conde, e outra sobre cinema, organizada pelo Festival de Curtas Metragens, estão também patentes naquele espaço.

No exterior, em cerca de sete mil metros quadrados de jardins, está patente uma exposição de 13 obras do escultor Ângelo Sousa, cedidas pela Fundação de Serralves.