EUA revelam plano de 700 mil milhões de dólares para salvar a banca

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O plano de Henry Paulson abrange activos emitidos até 17 de Setembro Jason Reed/Reuters

Segundo um comunicado do departamento, o plano dá ao secretário do Tesouro, Henry Paulson, a autoridade, em concertação com o presidente da Reserva Federal (FED), Ben Bernanke, “para adquirir activos incertos” dos bancos ligados a empréstimos hipotecários, tal como “outros activos, desde que necessário, para estabilizar efectivamente os mercados financeiros”.

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Segundo um comunicado do departamento, o plano dá ao secretário do Tesouro, Henry Paulson, a autoridade, em concertação com o presidente da Reserva Federal (FED), Ben Bernanke, “para adquirir activos incertos” dos bancos ligados a empréstimos hipotecários, tal como “outros activos, desde que necessário, para estabilizar efectivamente os mercados financeiros”.

Este poder, concedido ao Tesouro norte-americano por um período de dois anos, deixa ao Governo plenos poderes para fixar a data e a amplitude das aquisições, cujo preço será fixado “segundo os mecanismos do mercado na medida do possível, como o caso dos leilões invertidos”, no limite global de 700 mil milhões de dólares.

Apenas estão envolvidos os activos emitidos até 17 de Setembro, a última quarta-feira, dia da tempestade nas bolsas mundiais que obrigou o Tesouro a elaborar este plano.

Tesouro e Fed pedem amplos poderes

Tal como para a natureza dos activos envolvidos, a administração norte-americana garantiu plenos poderes para determinar quais as instituições financeiras que podem beneficiar deste plano, embora sem excluir os fundos de investimento de risco.

“As instituições financeiras que participam (neste programa) devem realizar operações significativas nos Estados Unidos, a menos que o secretário (do Tesouro) não determine, em concertação com o presidente da Reserva Federal, que uma definição mais ampla é necessária para estabilizar eficazmente os mercados”, refere o plano.

Os activos serão geridos por gestores privados sob a direcção do Tesouro, que terá plenos poderes sobre a sua gestão, e que terá três meses até apresentar contas pela primeira vez ao Congresso, após o que só deverá fornecer relatórios semestralmente.

Por fim, o produto da venda dos activos, num prazo não fixado, será incluído no orçamento geral do Governo Federal.